A União Europeia (UE) investigará navios americanos de biodiesel que desembarcaram no continente suspeitos de terem burlado medidas antidumping.
A ação pretende averiguar se o produto originado em território americano foi embarcado via Canadá ou Cingapura, escapando das tarifas introduzidas no ano passado contra Washington.
A União Europeia impôs tarifas sobre o biodiesel americano, no período de cinco anos, como forma de ajudar os produtores europeus a enfrentar de forma mais competitiva os subsídios concedidos pelo governo americano. “A investigação é uma boa notícia. Os produtores locais precisar de uma chance melhor para competir”, disse Krzysztof Osuch, proprietário da Associated British Bio Fuels, do Reino Unido.
De acordo com a legislação europeia, todos os transportes terrestres do bloco de 27 países deverão fazer o mix de 10% de biodiesel e 90% de diesel até 2020, para reduzir as emissões de dióxido de carbono que contribuem para o aquecimento do planeta.
A indústria europeia de biodiesel está “fortemente comprometida em garantir que as tarifas europeias não sejam burladas por práticas comerciais injustas e artificiais”, afirmou Raffaelo Garofalo, secretário-geral do Conselho Europeu de Biodiesel.
A canola é a principal matéria-prima para a produção de biodiesel misturado ao diesel na Europa – e também a mais apropriada para o uso nas baixas temperaturas do inverno. O biodiesel de canola atinge o grau de congelamento no motor com temperaturas de -13 °C. O biodiesel de soja resiste a até -3 °C e o de óleo de palma a apenas 12 °C.