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Soja em alta

Demanda chinesa firme mantém expectativa de preços altos para a soja. Embargos russos também contribuem com cotações.

Soja em alta

A demanda chinesa firme deve manter a expectativa de alta nos preços da soja. Além disso, o embargo às exportações de alimentos da Rússia também pode impactar nas cotações e contribuir para um suporte, segundo analistas.

A China, maior importador mundial de soja, comprou um volume recorde nos primeiros sete meses deste ano, principalmente dos Estados Unidos, Argentina e Brasil. As importações chinesas de soja aumentaram 16,2% em relação ao ano passado, alcançando as 30,76 milhões de toneladas.

“É um momento extremamente delicado com tantos fatores podendo causar impacto nos preços da soja”, disse Zhang Xiaoping, diretor da American Soybean Association International Marketing.

Depois de a Rússia ter proibido suas exportações de grãos por conta da severa estiagem que atinge o país, os preços do trigo explodiram no mercado global. Analistas afirmam que isso irá guiar as cotações da soja e do milho para um expressivo avanço.

Zhang disse ainda que a boa notícia é que este ano é esperada uma safra recorde nas principais áreas produtoras dos Estados Unidos. Cerca de metade das compras da China tem origem nos EUA, e este ano a expectativa é o volume importado de produtores norte-americanos totalize as 23 milhões de toneladas, disse o diretor.

Em 2009, a nação asiática importou 42,55 milhões de toneladas de soja, 13,67% a mais do que em 2008. Este ano, a expectativa é que as importações somem 50 milhões de toneladas, segundo a Associação da Indústria da Soja da China.

“A China compra mais da metade da produção mundial de soja. E a demanda chinesa crescente irá dar sustentação aos preços futuros da oleaginosa”, afirma Zhang.