Mato Grosso comercializou 95% do milho ofertado ontem(1), via leilão de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Estado colocou à venda 600 mil toneladas e 569,3 mil foram arrematadas.
Novamente as regiões 1 (norte), 2 (centro-norte), 3 (centro-sul) e desta vez a região 6 (sul) comercializaram 100% do volume ofertado. No entanto, todas elas registraram fortes deságios de 19,7%, 29,8%, 6,2% e 15,3% respectivamente.
A região 4 (oeste) arrematou 79% das 100 mil toneladas ofertadas. Já o lote da região 5 (nordeste) mais uma vez foi retirado por falta de interesse.
Os prêmios finais deste leilão foram de R$ 5,49 (região 1) R$ 4,38 (região 2) R$ 4,72 (região 3) R$ 5,64 (região 4) e R$ 3 (região 6).
O resultado dos deságios em todas as quatro regiões é atribuído principalmente ao avanço da colheita do milho, um dos fatores que tem ocasionado a intensa demanda pelo leilão de PEP. Vale lembrar que Mato Grosso tem déficit de armazenagem e por isso há necessidade de continuar a realizar os leilões e urgência em escoar o produto.
Na próxima semana, representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT) irão se reunir com representantes do Ministério da Agricultura, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Secretaria de Política Agrícola (SPA) para pedir melhorias dos mecanismos para as próximas ofertas públicas.
Colheita 20 pp à frente de 2009
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta quinta-feira (1) mais um acompanhamento da colheita do milho segunda safra em Mato Grosso. Conforme a análise, os trabalhos no campo estão 20,8 pontos percentuais acima do ritmo observado há um ano. De uma área total coberta com a safrinha do grão em pouco mais de 2 milhões de hectares no Estado, 41,1% estavam colhidos até esta quinta-feira (01), contra 20,3% em igual período de 2009. A região que concentra o maior volume de hectares cultivados é a médio-norte, com quase 50% do total estadual. Já a colheita está mais adiantada na região norte, onde os trabalhos atingem 52,9% dos 8,7 mil hectares.