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Cooperativas

A interação como alternativa

João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar aposta mais na interação entre as associadas do que em fusões ou aquisições.

A interação como alternativa

O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, aposta mais na interação entre as associadas do que em fusões ou aquisições. Ele conta que tem trabalhado nisso nos últimos cinco anos. “Todo ano há dois fóruns de presidentes e sempre discutimos essa necessidade”, realça ele.

Segundo Koslovski, há bons exemplos nesse sentido, como o uso de cooperativas médicas e de transporte pelo sistema e também a utilização de estrutura portuária e industrial como meio de agregar valor e complementar a atuação umas das outras. Ele também tem defendido que cooperativas que apresentem projetos conjuntos tenham maior volume de financiamentos via Prodecoop, para industrialização ou infraestrutura.

“Se puder manter a individualidade, é bom”, defende. “Quando uma ou outra cooperativa entrar em dificuldade, queremos ter condições de achar uma solução em cooperação”. O executivo lembra que 2009 foi um ano difícil para o agronegócio, devido a problemas climáticos e de queda nos preços dos produtos. “A tendência pode ser diminuir o número de cooperativas, mas vai depender do que queremos na prática. O que queremos é a aglutinação econômica”.

Ele argumenta que não é possível comparar a realidade local com o que ocorreu nos Estados Unidos, que tem economia diferente, e acrescenta que aqui há questões políticas envolvidas. “As prefeituras não querem perder uma cooperativa”, cita. “Não damos foco a grandes fusões. A dificuldade de uma ou outra não indica que o sistema está com problemas”, afirma, ao citar que nove cooperativas agropecuárias do Paraná têm receita anual superior a R$ 1 bilhão.

Koslovski está otimista em relação a 2010 e os próximos anos. “As exportações cresceram 28% no primeiro trimestre”, informou. O aumento da industrialização está no foco da Ocepar. “Queremos atingir, até 2015, 50% do processo agroindustrial do Paraná. Hoje estamos com 35%”, conclui.