Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Cota Hilton

Troca de posição

Marfrig toma lugar do JBS na redistribuição da Cota Hilton argentina. Redistribuição ocorreu por causa da impossibilidade de algumas empresas de completar os embarques.

A Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA), o organismo que regula o comércio do setor na Argentina, redistribuiu 3.293,4 toneladas de cortes de carne bovina de alta qualidade correspondente à chamada Cota Hilton, destinada à União Europeia (UE), para evitar o não cumprimento do acordo de exportação ao mercado europeu.

O frigorífico Quickfood, controlado pelo brasileiro Marfrig, foi o que recebeu a maior parcela da cota distribuída: 153,9 toneladas. O restante da cota foi distribuído entre Friar (136,4 toneladas); Finexcor (136,4 toneladas); Gorina (136,4 toneladas); Arrebeef (133,2 toneladas); Rioplatense (131,7 toneladas) e Paladini (128,5 toneladas). Entre os chamados projetos, Exal recebeu 7 toneladas; Companhia Ganadera ficou com 6,9 toneladas; União de produtores Uisa (6,4 toneladas); Associação de Cooperativas Argentinas (6,1 toneladas); Associação Argentina de Criadores de Hereford (5,9 toneladas).

A redistribuição deste volume ocorreu por causa da impossibilidade de algumas empresas de completar os embarques no tempo devido. Entre elas, a brasileira JBS, uma das que mantém as maiores fatias da Hilton. Também não puderam cumprir o acordo Casepa, Rafaela Alimentos, Frigorífico Lafayette, Catter Meat e Macellarius. Outras não conseguiram apresentar as garantias exigidas pelo governo: Campos del Sur, El Cuyum Andino, Tomas Arias e Conallison.

Em considerações da norma publicada ontem no Diário Oficial, a Oficina Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA) diz que “medida foi adotada atendendo às excepcionalidade do presente ciclo comercial e ante à resignação desta porção da cota por parte de algumas empresas devido a distintos motivos”.

O texto destaca ainda que “o objetivo do governo é que o total do contingente tarifário outorgado pela União Europeia à Argentina seja embarcado oportunamente”, completa a resolução. A decisão é uma clara resposta aos protestos das entidades ruralistas e exportadores que apontam erros do governo na distribuição da cota.

Na sexta-feira, a Confederações Rurais Argentinas (CRA) emitiu um comunicado no qual afirmava que a Argentina deixará de exportar US$ 130 milhões em carne bovina com o não cumprimento da Cota Hilton. “As restrições às exportações de produtos agropecuários e, em particular, de carne afetam negativamente o cumprimento dos compromissos assumidos pela Argentina em matéria de Cota Hilton”, disse a entidade.