Redação (26/01/2009)- O governo norte-americano comunicou ao governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, que SC poderá ser o primeiro Estado brasileiro a exportar carne suína aos Estados Unidos (EUA). A notícia surpreendeu e motivou as principais lideranças catarinenses ligadas ao agronegócio.
Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, "esse é o resultado de um trabalho conjunto entre governo e produtores na busca da excelência sanitária e que está possibilitando abrir novos mercados em países de primeiro mundo. Espero que as vendas ocorram o mais rápido possível pois a situação dos suinocultores está ficando insustentável", anseia.
O presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster, concorda que SC faz um trabalho exemplar, porém com alto custo para governo, produtores e agroindústrias. O ponto forte dessa decisão norte-americana é o reconhecimento do Estado catarinense como área livre de febre aftosa sem vacinação. "A notícia é positiva, mas ainda há muito chão pela frente. Certamente mandarão missões visitar nossas propriedades e aí, questões como rastreabilidade, biosegurança, licença ambiental, funcionários com registro em carteira e produtores que não tenham os filhos, nem outras crianças, trabalhando nas propriedades, serão fundamentais para o próximo passo que é a compra efetiva", explica Lanznaster.
O líder cooperativista ressalta ainda que "os EUA são exportadores de carne suína e influenciam fortemente o mercado internacional. Eles são o shopping do mundo, pode ser que comprem do Brasil e mandem descarregar em qualquer outro país".
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antonio Zordan, a grande vantagem dessa notícia para o Estado catarinense é que passaremos a ser vistos com "outros olhos" pelos demais países importadores de carne suína. "Se os EUA que exportam para o mundo inteiro esse produto, se anuncia disposto a comprar do Brasil, é porque considera nosso status sanitário igualitário ao deles e isso pode abrir novas possibilidades ainda mais interessantes", analisa Zordan. Com informações da assessoria de imprensa da Faesc.