Redação (06/02/2009)- Conforme dados divulgados em janeiro pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindag), as vendas de defensivos agrícolas de janeiro a dezembro de 2008, comparado ao ano de 2007, apresentaram um crescimento acumulado de 24%, totalizando um mercado de R$ 12.706 milhões.
O maior crescimento observado foi na comercialização de herbicidas, que passaram de R$ 4.380 milhões em 2007 para R$ 5.764 milhões em 2008, aumento de 32%. As principais culturas que impulsionaram esse crescimento foram soja, milho, cereais, feijão, arroz, citros e pastagem.
No segmento de inseticidas, a segunda classe mais vendida, o crescimento foi de 23%, chegando a R$ 3.608 milhões. Soja, milho, cítrus, hortifruti, algodão, cereais, feijão e arroz incrementaram as vendas do setor.
O mercado de fungicidas foi estimulado pelo avanço das culturas de soja, cereais, feijão, milho, café, batata e tomate, alcançando o valor de R$ 2.779 milhões em 2008, 16%. Já os acaricidas registraram incremento de 5%. Os demais defensivos tiveram um crescimento de 10%. O somatório destes números colocam o Brasil na liderança no consumo mundial de agroquímicos, posição antes ocupada pelos Estados Unidos. Os dados confirmados pelo Diretor Ivan estão muito próximos da versão final a serem representadas nos balanços das Companhias.
A usual estatística que compara o crescimento em real e dólar apresenta algumas distorções, diante da mudança brusca da conversão do dólar que no último trimestre se elevou de R$ 1,65 para R$ 2,30. Empresa especialista em Consultoria Internacional refere que o total das vendas em U$ 7,03 bilhões de dólares no Brasil em 2008. As cinco empresas do ranking, pela performance de vendas são Syngenta, Bayer, Basf, Monsanto e Dupont onde somente a Syngenta ultrapassa o bilhão de dólares (U$ 1,34 bilhões). A maior empresa de capital nacional a Nortox comercializou U$ 220,07 milhões. Os dados da empresa de Consultoria ouviu 26 empresas que comercializam produtos no Brasil e considera que os números poderiam ser maiores, porém a seca do final do ano atrasou e reduziu o consumo de fungicidas e pontualmente de inseticidas. A comercialização neste início de ano está atrasada, se comparada 2008 tendo por razão os preços das commodities e a maior prudência das compras e dos prazos de venda.