Redação (19/02/2009)- Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e foram organizados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado. Para o superintendente João Ricardo Albanez, o aumento da receita das exportações no segmento carne de frango, em Minas, deve ser atribuído principalmente à qualidade do produto.
"As aves são criadas nas granjas do Estado com alta tecnologia, conforme as normas sanitárias e de segurança alimentar, fatores que aumentam o potencial da avicultura mineira no exterior", acrescenta o superintendente. Por isso, segundo Albanez, os abatedouros avícolas do Estado foram incluídos pela China numa relação de 22 empresas brasileiras com potencial para exportar carne de frango diretamente para aquele mercado, conforme acordo firmado neste mês.
Algumas dessas empresas dependem apenas da habilitação a ser concedida pela própria China para fecharem negócios, e outras ainda precisam se habilitar primeiramente junto à União Européia. A habilitação pela UE é um pré-requisito e funciona como um parâmetro de qualidade adotado pelo governo chinês. Pelo acordo firmado pelo Brasil com as autoridades sanitárias da China, os abatedouros brasileiros que atenderem às exigências participarão de embarques da ordem de 100 mil toneladas para atender ao primeiro contrato anual.
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Rivelli tem habilitação prévia A Rivelli Alimentos, sediada em Barbacena, no Campo das Vertentes, já atende à exigência básica para colocar sua carne de frango diretamente na China.
"Nossa empresa está habilitada junto à União Européia", enfatiza o diretor de vendas da Rivelli, Marcelo Assunção de Oliveira. "Dependemos apenas da visita a Minas de uma missão chinesa para dar início aos embarques para o país asiático." O executivo acrescenta que, "atualmente, em Minas Gerais, apenas a Rivelli e a Saída, de Uberlândia, têm a habilitação da UE.
Há seis anos a Rivelli Alimentos iniciou as exportações de carne de frango, e atualmente a empresa vende para diversos mercados, como a própria China, neste caso fazendo exportações indiretas por meio de Hong Kong. Atende também à Rússia, países da África e Oriente Médio, alcançando os Emirados Árabes e, desde o ano passado, também fazendo embarques para Omã.
Pif Paf busca pré-requisito A Pif Paf, com abatedouro em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata de Minas, também tem perspectiva de exportar diretamente para a China. "Nosso mercado mais antigo é o Oriente Médio", explica o criador da empresa, Avelino Costa. O frigorífico vende também os cortes de aves, suínos e produtos industrializados para a África, Filipinas e a Ásia, alcançando inclusive a Rússia, entre outros mercados. "Por enquanto temos alcançado a China fazendo a intermediação por Hong Kong, mas pretendemos embarcar nosso produto para o país por via direta porque com a expansão da Pif Paf vamos buscar a habilitação da União Européia a partir de abril", informa Costa.
De acordo com o empresário, o projeto de expansão da Pif Paf possibilitará a contratação, neste ano, de cerca de 2 mil empregados que se somarão aos 4 mil empregos diretos e cerca de 8 mil indiretos já existentes. "Trata-se de um fato digno de registro, porque a crise financeira internacional tem prejudicado o avanço das empresas", ele observa.
Avelino diz que tem confiança na conquista, pela Pif Paf, da linha direta com o mercado chinês e na entrada em outros mercados. "O frango produzido em Minas não perde em qualidade para o produto de nenhum país do mundo", ele assegura. Conforme o empresário, o diferencial das aves criadas em Minas Gerais é que elas se alimentam à base de milho e soja e estão livres de doenças como a influenza aviaria ou gripe do frango. "Por isso, temos a satisfação de constatar nos supermercados do Oriente Médio e de outros países que o nosso frango é o melhor, e nos restaurantes onde é servida a carne se destaca pelo cheiro e sabor", finaliza.
Produto de excelência Além da Rivelli Alimentos, Pif Paf e Sadia, outras empresas avícolas do Estado em condições de exportar carne de frango são a Da Granja, de Uberaba, e a Cossisa, de Sete Lagoas. A informação é da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig). De acordo com a superintendente da entidade, Marília Marta Ferreira, os abatedouros dessas empresas reúnem condições técnicas, sanitárias e ambientais para cumprir as exigências do mercado externo, como criação e abate de acordo com as normas ambientais, volume adequado e entregas nos prazos estabelecidos. "Utilizamos tecnologia de primeiro mundo", afirma. As informações partem da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
