Redação (25/02/2009)- Desde novembro do ano passado, a avicultura de corte foi reduzida em 20% e o plantel dos próximos três meses deve ficar em torno de 400 milhões de matrizes. No Paraná, principal produtor e exportador do Brasil, responsável por 27% da produção nacional, o abate de frango deve chegar a 95 milhões de cabeças/mês. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, houve queda nas vendas para o exterior.
Em dezembro do ano passado, as exportações brasileiras de carne de frango somaram 267 mil toneladas, uma queda de 11% em relação ao mesmo mês de 2007. A receita cambial no mês totalizou US$ 427 milhões, uma queda de 18% na comparação com dezembro de 2007. Segundo o sindicalista, o resultado levou a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), a recomendar uma redução na produção destinada à exportação, para evitar um excesso de oferta. "Deve-se deixar claro que se trata de uma crise de liquidez tanto por parte dos produtores brasileiros como dos mercados compradores. Não é uma crise de demanda de alimentos.
A expectativa é que o ano de 2009 seja menos expressivo, mas com crescimento, que deve ficar em torno de 5% nos volumes embarcados". "No ano passado foi registrado um crescimento de 11% na comparação com 2007", afirmou. O Brasil, além de maior exportador, é o país que mais consome frango, numa média de 40 quilos por pessoa/ano. Segundo o presidente do Sindiavipar, a redução na produção não trouxe conseqüências para o setor como aumento no preço, pois os custos de produção estão equilibrados e nem houve, até agora, necessidade de promover demissões. Este setor reage com muita rapidez, se o mercado voltar a aquecer, precisamos no máximo de seis semanas para recuperar a produção, prevê o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná. Com informações da Agência Brasil.