O Parecis Superagro, que aconteceu no município de Campo Novo do Parecis (396 km de Cuiabá),contou com a presença do presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Rui Prado; o governador do estado, Blairo Maggi, e demais autoridades políticas de Mato Grosso. O evento que apresenta os avanços tecnológicos para o campo e reúne empresas que desenvolvem tecnologias e máquinas para culturas que necessitam de volume menor de chuvas, como milho, sorgo, amendoim e algodão, consideradas culturas de entressafra.
Os avanços da tecnologia têm proporcionado melhoras na agricultura do Estado, líder de produção, e isso têm despertado a atenção do governo. “Podemos ter uma agricultura muito mais diversificada, evitando que quando o preço de uma cultura vai mal, o Estado sinta de forma contundente economicamente”, explicou o governador. Ele ainda detalhou que o governo está fortalecendo a infraestrutura da região, dando mais vazão a produção e qualidade de vida aos moradores de Campo Novo do Parecis, citando como exemplo o início da pavimentação da MT 235. A rodovia que liga o município a Sapezal.
O empresário Sérgio Estefanelo, um dos pioneiros no plantio do girassol em Mato Grosso, destacou a importância de Campo Novo dos Parecis para o Brasil. “Atualmente é produzido na região 60% de todo o milho de pipoca do país, além de outros 30% da semente de girassol consumida”. Ele comentou sobre a expectativa dos produtores que é uma só: as culturas de entressafras, principalmente em relação ao girassol, o crescimento acelerado nos próximos dez anos. “O mercado interno ainda está em uma fase embrionária, porém os produtores estão ampliando suas áreas plantadas. Isto gera um menor custo de produção e consequente maior aceitação na sociedade. O aumento será uma questão cíclica”.
Para o presidente da Famato, que é da região de Campo Novo do Parecis, destaca que a produção de girassol na região tem crescido significativamente. A região tem se destacado cada vez mais com a produção de girassol, o que incentivou os produtores da região a montarem uma cooperativa para o beneficiamento da matéria prima. “O grupo já distribuir óleo, farelo e semente de girassol para o mercado nacional. Isto mostra que a produção de girassol é uma grande alternativa para o mercado”, destacou Prado.
Entre as culturas apresentadas durante a feira está a do milheto, com plantio ideal indicado entre os dias 20 de fevereiro e 15 de março. Originalmente trazido do Sudão (África), a cultura se adaptou muito bem ao clima mato-grossense, explicou o engenheiro agrônomo das Sementes Adriana, Pablo Rodrigues. “É uma cultura que possui grande resistência a seca, uma vez que suas raízes chegam a atingir até três metros e meio de profundidade”. O grão é utilizado principalmente para a alimentação animal, em especial de aves, uma atividade que vem se desenvolvendo rapidamente em Mato Grosso.
Outra função estratégica do milheto está no seu potencial de reciclagem de nutrientes. Por possuir raízes profundas, a planta consegue retirar o potássio do solo e o acumula em sua palha. Após colhido o fruto maduro, a própria palha repõe o potássio ao solo para o plantio da cultura principal, em sua maioria a soja.