Nota afirma que não há casos registrados do vírus no país. Vacinas brasileiras não oferecem proteção contra nova variedade. O Ministério da Saúde do Brasil enviou uma nota na noite desta sexta-feira (24) em que afirma que todas secretarias estaduais de saúde estão em alerta para possíveis casos de doenças respiratórias agudas, em virtude do surto de casos humanos de influenza suína do México e nos Estados Unidos.
O ministério também explica que o Brasil possui um plano para enfrentar possíveis pandemias do vírus, mas esclarece que, por enquanto, não há evidências de casos da enfermidade no país. A nota também explica que as vacinas contra gripe oferecidas no Brasil não oferecem proteção contra esse novo vírus. “Portanto, até o momento, não há indicação de uso da vacina contra influenza como medida de prevenção e controle para este evento”, diz o ministério. “O país conta com uma rede de vigilância para monitorar a circulação das cepas de vírus respiratórios composta por 19 Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS)”, afirma a nota.
Para o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, a situação é “preocupante” e o governo precisa estar preparado. “Com o mundo tão globalizado e as pessoas se deslocando por todo o planeta, existe a possibilidade de uma pessoa com o vírus incubado, sem saber que está doente, pegar um avião e vir a uma cidade brasileira”, afirmou ele ao G1. O médico também explica que esse vírus, por enquanto, parece só ser transmitido do animal para o ser humano. Ainda não apareceram registros de casos de transmissão de pessoa para pessoa. Segundo Olzon, o vírus é perigoso, por ser uma nova variedade, contra a qual seres humanos ainda não têm defesas. “O vírus influenza vem do porco para o humano. O da gripe espanhola, o da gripe asiática, o da gripe comum, todos eles surgiram no porco”, explica. Confira a íntegra da nota do Ministério da Saúde: “Com relação à ocorrência de casos humanos de influenza suína no México e nos Estados Unidos, o Ministério da Saúde informa:
1. Não há evidencias da circulação do vírus da influenza suína no Brasil, nem em humanos, nem em animais.
2. O país conta com uma rede de vigilância para monitorar a circulação das cepas de vírus respiratórios composta por 19 Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Rede CIEVS).
3. Todas as Secretarias Estaduais de Saúde também foram acionadas para intensificar o processo de monitoramento e detecção oportuna de casos suspeitos de doenças respiratórias agudas, a partir da rede de vigilância de influenza e de laboratórios.
4. Desde 2005, o país tem um plano de preparação para o enfrentamento de uma possível pandemia de influenza – http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=27999.
5. As vacinas contra influenza atualmente disponíveis não oferecem proteção contra infecção deste vírus. Portanto, até o momento, não há indicação de uso da vacina contra influenza como medida de prevenção e controle para este evento.
6. A Organização Mundial de Saúde não recomendou restrições de viagens às áreas afetadas, nem de entrada de passageiros vindos desses países. A Organização Mundial de Saúde não recomendou restrições de viagens às áreas afetadas, nem de entrada de passageiros vindos desses países” .