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Economia

BCs reduzem projeção e agora apontam alta de 0,6% para PIB do Brasil este ano

Banco de Compensações Internacionais reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS), banco dos bancos centrais, voltou a revisar para baixo a previsão para a economia brasileira este ano. Projeta agora retração de 0,6% no PIB do país, refletindo a recessão global mais severa do que se esperava. Em janeiro, o BIS tinha projetado crescimento de 2,8% em termos reais no país, depois refez a conta para algo pouco acima de 1%, até chegar agora à contração. Mas é bem menos pessimista que o Deutsche Bank, que prevê retração de quase 2% na economia brasileira este ano, expansão de 6% na China e de 5% na Índia.

Para Euler Hermes, maior grupo mundial de seguros de crédito, a violenta contração das economias no quarto trimestre de 2008 foi acompanhada por resultado ainda pior no primeiro trimestre deste ano. Cortes de 40% a 50% na produção automotiva, siderúrgica, química e de outros setores foram frequentes em muitos países.

Presidentes do bancos centrais, reunidos esta semana no BIS, apontaram pela primeira vez sinais de uma frágil recuperação em alguns países. Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, ilustrou essa situação com a retomada no setor automotivo e a retomada do crédito no Brasil. Ele estima que a partir de agora a situação será melhor na margem (comparando mês a mês). “Nós, no BC, ainda temos uma projeção positiva, embora analistas apontem crescimento negativo”, disse ele, em referência à projeção do PIB de 2009 – o BC espera 1,2%.

Na Europa, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, mostrou-se bem mais pessimista que outras autoridades monetárias. Acha que na verdade as perspectivas para crescimento se deterioraram desde fevereiro e que o futuro é altamente incerto. Segundo ele, os frágeis sinais de alguma recuperação na economia podem ser anulados se o setor privado não conseguir crédito suficiente por parte dos bancos.

Os sinais nos emergentes, em todo caso, alimentam esperanças. Para a economista-chefe de mercados emergentes do Deutsche Bank Research, Maria Laura Lanzeni, o bloco encabeçado pela China, Índia e Brasil continuará crescendo no médio prazo mais do que os países desenvolvidos. A economista nota que as perspectivas de investimento são importantes. E que o consumo nos emergentes vai ganhar mais importância, movimento condicionado a melhoras institucionais e na “governança”.