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Agroindústrias

Crédito para Tyson

Empresa obtém R$ 100 milhões do BRDE para construir aviários para produtores do Paraná e de Santa Catarina.

A Tyson do Brasil conseguiu no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) uma linha de crédito no valor de R$ 100 milhões para financiar aviários de pequenos produtores de frango do Paraná e de Santa Catarina. A subsidiária da Tyson Foods, maior processadora mundial de carnes, vai entrar como avalista das operações, que devem beneficiar cerca de 330 integrados nos dois Estados.

O BRDE, que é repassador de recursos do BNDES, recebeu o pedido de linha crédito no começo do ano, disse o gerente de operações, Paulo Cesar Starke Junior. Segundo ele, a Tyson manteve os planos e até pediu agilidade – enquanto o banco resolvia as questões burocráticas. “Eles aceleraram o processo”, afirmou.

Na divisão do dinheiro, R$ 35 milhões vão ser destinados a avicultores do Paraná, que produzirão para a Frangobras, de Campo Mourão, e R$ 65 milhões aos catarinenses, que criarão aves para a Macedo Agroindustrial, de São José, e para a Avita, de Itaiópolis. As três unidades foram compradas pela Tyson em setembro de 2008, quando a empresa entrou no país.

O financiamento vai ajudar a multinacional a atingir a meta prevista para os três abatedouros no curto prazo: 118 mil aves por dia em São José e 350 mil aves por dia em cada uma das outras duas unidades. A empresa não informa o volume atual de abates.

O diretor comercial da Tyson, Raphael Martins, disse que esta é uma das linhas de crédito previstas. “Há outras, com outras instituições, para captação de integrados”. De acordo com o executivo, “os integrados não possuem capital próprio para embarcar neste tipo de investimento”, mas agora a empresa poderá usar o recurso liberado pelo BRDE para atraí-los.

A linha de crédito terá validade até junho de 2010 e, após a liberação dos recursos, o pagamento pode ser feito em oito anos, com taxa de 6,75% ao ano. Starke Junior informou que já há 20 operações aprovadas para produtores da Frangobras, que somam cerca de R$ 6 milhões. Cada integrado pode obter até R$ 250 mil, mas projetos coletivos também vão ser analisados. Em operações anteriores o BRDE já havia emprestado R$ 20 milhões para integrados da Frangobras.

Ele adiantou que há no BRDE outros investimentos em análise ligados à avicultura, tanto para construção de abatedouros como para aviários. No caso da Tyson, os integrados poderão financiar a construção e modernização de aviários, a aquisição de máquinas e equipamentos usados na produção e no tratamento de dejetos.

Na opinião dos diretores do BRDE, o aval da empresa é importante porque funciona como uma garantia para o produtor, que poderá aumentar a renda ao entrar no ramo de aves. No Paraná, a Sicredi Vale do Piquiri, que tem parceria com o BRDE, vai receber os pedidos de financiamento e encaminhar a documentação ao banco. Em Santa Catarina, o trabalho vai ser feito pelo Sicoob.