Produtores do Paraná seguiram a tendência nacional e aumentaram a área plantada de soja. O motivo principal de optarem mais pela oleaginosa do que pelo milho é basicamente o custo benefício. ”O plantio do milho é muito caro, a soja tem um custo menor”, admite o produtor Onivaldo Dante, 52 anos, com propriedade em Cambé (13 km a leste de Londrina) e cooperado da Integrada.
Nesta safra, segundo ele, 100% dos 175 alqueires destinados ao cultivo de grãos foram separados para o plantio da soja. Nos ciclos anteriores ele dividia a área entre soja e milho. Para sorte de Dante, o clima tem colaborado com a produção da oleaginosa. A expectativa é de que o volume produzido na sua propriedade seja próximo de 150 sacas por alqueire nesta safra. Na anterior, a produção foi em média de 140 sacas por alqueire. ”A produção da soja tem ser boa para pagar as dívidas da safra de inverno (trigo basicamente), que só trouxe prejuízos”, afirma.
A expectativa quanto ao plantio da oleaginosa, este ano, também é bastante positiva para o agricultor Antônio Backes, 54, de Mercedes (110 km a oeste de Cascavel). ”O clima está colaborando muito. Se continuar assim vamos ter safra recorde”, prevê. A estimativa é de uma colheita de 130 sacas por alqueire em 2010. No último ciclo, por conta de uma seca que atingiu a região, o volume foi de apenas 70 sacas por alqueire.
Entretanto, na propriedade de 15 alqueires, Backes está produzindo soja e milho: 70% e 30%, respectivamente. ”Faço a rotação de culturas e todo ano divido a área, acho isso muito importante”, considera. No caso do milho, a produção de Backes também está a todo vapor e a previsão é de que sejam colhidas 300 sacas por alqueire. No ano passado, foram apenas 140 sacas.