O combate a epidemias como as gripes aviária, suína e equina ganham, nesta semana, o reforço de veterinários que trabalham com Assistência Técnica e Extensão Rural voltadas para a agricultura familiar. De segunda (16/11) a sexta-feira (20/11), médicos veterinários de todos os estados brasileiros se reúnem em Brasília para treinamento intensivo promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Embrapa para prevenção e enfrentamento de epidemias com vetores animais.
O encontro “Educação para Enfrentamento das Gripes Aviária, Suína e Equina” é promovido pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar (Dater/SAF) do MDA. Em sua segunda edição, o curso vai capacitar 90 veterinários extensionistas.
Com 40 horas de duração, o treinamento abrange aulas teóricas no hotel Saint Paul e aulas práticas em laboratórios. Desta vez, serão capacitados outros 45 veterinários que assistirão palestras de autoridades do Governo Federal em controles de zoonoses e de epidemias. As palestras são apresentadas por técnicos especializados em zoonoses do MDA, da Embrapa, e por responsáveis pelo controle de epidemias do Grupo de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR).
O coordenador do encontro e consultor do Dater, René Dubois, explica que o objetivo é levar aos agricultores familiares, indígenas, ribeirinhos, extrativistas e quilombolas todas as informações para o controle e erradicação de epidemias que podem ser transmitidas por animais. “Estamos vivendo uma epidemia muito grande, mas que pode ser controlada. O extensionista fala diretamente com o homem do campo e tem papel fundamental na defesa da saúde e da produção do agricultor familiar. Os participantes do curso vão multiplicar este conhecimento e, com outros curso que ofereceremos nos estados, esperamos treinar 1400 extensionistas até o final de 2010.”, planeja Dubois.
Responsabilidade
Na abertura do curso, o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio Andrade Moura, destacou a importância do extensionista para a economia e a saúde pública no meio rural. “Se hoje o Brasil está em primeiro lugar em produção de bovinos, aves e chega a quarto em suínos, isso se deve à Ater e aos extensionistas – entre eles, muitos veterinários. A responsabilidade da nossa categoria é muito grande neste crescimento econômico porque ajudamos a levar tecnologia aos produtores e, muitas vezes, chegamos em regiões onde o médico não chega”, avalia Josélio.