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Mercado Externo

Colheita nos EUA

<p>Os Estados Unidos têm a maior produção de grãos do mundo. Tudo o que acontece com a safra de soja ou de milho deles reflete no Brasil.</p>

Este ano, eles estão enfrentando dificuldades com o clima. A repórter Solange Riuzim, que sempre traz as notícias do Paraná, foi enfrentar o frio dos EUA para ver como está a colheita.

A neve, que normalmente chega em dezembro nos Estados Unidos, desta vez veio mais cedo em algumas regiões. Na cidade, um espetáculo bonito de se ver. No campo, a antecipação traz problemas. A cena se repete por toda a região de Des Moines, no Estado de Iowa, cinturão do milho. As lavouras estão cobertas de branco.

A neve chegou antes dos agricultores terminarem a colheita. Por isso, deve atrasar um pouco mais o trabalho no campo. Além disso, são principalmente as lavouras de milho que sofrerão um pouco mais de prejuízo.

Com o tempo ruim, os fazendeiros norte-americanos têm pressa. Como os grãos ficam úmidos, a produção passa antes pelos secadores para só depois ir para os silos, que ficam nas próprias fazendas. Nos dias em que o sol aparece, o que se vê é uma corrida no campo e às margens das lavouras vão comboios de caminhões para transportar a safra.

Em uma das propriedades o agricultor acredita que a colheita vai atrasar em um mês. O dono da área é o produtor Jef Martin, que planta milho e soja em Illinois. Ele começou a colher o milho há pouco mais de uma semana. Jef disse que a quebra no milho pode chegar a 10% e na soja a 15%.

A exemplo do que acontece no Brasil, a preocupação nos Estados Unidos é o preço baixo do milho. O agricultor Doug Martin disse que a estratégia é segurar a produção à espera de uma reação do mercado.

Apesar dos problemas com o clima, a safra dos Estados Unidos promete ser maior do que a do ano passado porque a área de plantio aumentou. Pela última previsão do governo, divulgada no começo de outubro, a colheita de milho deve crescer 7% e a de soja 10%.