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Exportação

Suinocultores querem voltar a exportar para o mercado africano

<p>Setor suinícola cobra do governo federal ação mais efetiva para a reabertura do mercado sul-africano, fechado desde 2006 devido ao surgimento de um foco de febre aftosa no Brasil. África do Sul é "porta" para os outros mercados africanos, diz Abipecs.</p>

Ao receber, amanhã, em Brasília (DF), o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, para firmar, com ele, acordos comerciais de investimentos e na área de esportes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará sob fortes críticas dos exportadores nacionais de carne suína. Os produtores se queixam da falta de respostas do governo à demanda para reabertura do mercado sul-africano, fechado desde 2006 devido ao surgimento de um foco de febre aftosa no País.

“Dos países que fecharam o mercado ao Brasil em 2006, a África do Sul é o único que ainda não reabriu”, critica o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. Ele relata que o governo brasileiro já enviou pelo menos quatro missões à África nos últimos meses, sem sucesso.

O governo admite ter demorado para enviar os questionários pedidos pelo governo sul-africano, mas Camargo Neto não aceita que a demora sirva de pretexto para manter o mercado fechado ao produto brasileiro. “A última notícia era de que estava concluída a parte técnica e a demora se devia à burocracia”, reclama o executivo. “O momento para anunciar a abertura seria agora. A África do Sul é porta para os outros mercados africanos”, comenta. Sem o aval sul-africano, a carne suína encontra resistências maiores nos outros países do continente, conta ele.

Durante a visita de Zuma ao Brasil (hoje ele participa de seminários em São Paulo), deve ser anunciada a instalação da comissão de monitoramento de comércio Brasil-África do Sul, para lidar com problemas no comércio bilateral. O governo pretende discutir com a delegação sul-africana a possível extensão, ao setor automotivo, do acordo de preferências comerciais existente entre o Mercosul e a união aduaneira sul-africana, que reúne África do Sul e outros três países pequenos da região. Mas, no compasso da euforia com a decisão de sediar no Brasil a Copa do Mundo de futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016, as autoridades devem dar destaque ao acordo de cooperação em esportes a ser assinado entre os dois países. A África do Sul será a sede da próxima Copa do Mundo de futebol.