O Ministério da Agricultura montou, no Paraná, uma operação para simular como seria o combate à gripe aviária, caso a doença fosse registrada no País. O treinamento contou com a participação do Exército. Em Sabáudia (PR), foi montado um quartel general para o treinamento que reúne mais de 150 técnicos e militares em uma operação de guerra. É um combate simulado contra a gripe aviária, doença que atinge as aves e pode ser transmitida dos animais para as pessoas. O treinamento é feito nas propriedades com barracões de frangos.
“No foco todas as aves são abatidas. Em torno do foco, trouxemos um raio de três e de sete quilômetros, num raio de dez quilômetros, onde todas as propriedades são monitoradas”, explicou Marcos Cesar Antunes, veterinário da Seab. Todos os acessos à região do treinamento são controlados com nove barreiras sanitárias que funcionam de verdade. Os veículos são parados e passam por uma desinfecção. Os resultados da ação no campo são levados para a central na cidade.
Mesmo sendo apenas um treinamento, todo o trabalho é feito exatamente como numa situação real. Na sala onde ficam os comandos militar e civil, as atividades são repassadas em tempo real para o Ministério da Agricultura em Brasília.
No Brasil não existem focos de gripe aviária, mas a preocupação em treinar o pessoal em caso de a doença aparecer é grande. O País é o maior exportador de carne de frango do mundo. Só na região de Sabáudia, onde é feita a simulação, há mais de 1,5 milhão de aves nos barracões.
“Nós temos a preocupação constante. Não estamos lidando com um perigo maior ou menor e sim num perigo constante. Nós temos que manter um sistema de vigilância permanente sempre em aprimoramento”, disse Bruno Rebelo, coordenador de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura.
O maior número de casos de gripe aviária foi detectado na Ásia. No Brasil, nunca houve registro da doença.