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Exportação

Sem risco para as exportações

<p>Para a Abipecs, o surto de peste suína no Pará não deve afetar as exportações do setor. Camargo Neto diz que foco evidencia erro do País em não erradicar de vez a doença.</p>

Para a Abipecs, o surto de peste suína no Pará não deve afetar as exportações do setor. Camargo Neto diz que foco evidencia erro do País em não erradicar de vez a doença.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, afirmou hoje (23) que a comercialização da carne de porco para o mercado internacional não deverá sofrer nenhum abalo em virtude dos focos de peste suína detectados em  municípios da ilha do Marajó (Pará). Segundo o dirigente, 100% da carne suína exportada pelo Brasil é produzida em Estados das regiões Sul e Sudeste. Os maiores produtores são Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

“Tivemos no começo do ano um foco no Rio Grande do Norte e não teve reflexo nenhum [nas exportações]. Na Ilha de Marajó não tem efeito. Certamente é um foco em agricultura de subsistência. Não é na região livre da peste suína clássica, que compõe o Centro-Sul do País. Então não nos afeta. Afetaria se tivéssemos algum foco na região livre”, ressaltou Camargo Neto.

Apesar da convicção de que não haverá risco para as exportações, o presidente da Abipecs assinalou que o novo foco evidencia o erro do País em não erradicar de vez a doença.

“Tem havido controle, mas não erradicação. Precisa de mais investimento em defesa sanitária, de um serviço público mais atuante. Como lá [a Região Norte] não é uma região importante para a suinocultura industrial, acaba equivocadamente relegada a segundo plano”, criticou.

Equipes de emergência sanitária, formadas por médicos veterinários e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), com o apoio da Superintendência Federal de Agricultura do Pará, trabalham na Ilha de Marajó, para combater os focos da peste. Enchentes prejudicam a locomoção das equipes. No município paraense de Afuá já foi confirmado o sacrifício de 44 animais.

Em toda a região, o número de animais mortos deverá atingir mais de uma centena, segundo informou Adriana dos Santos, chefe substituta do serviço de defesa sanitária da superintendência federal.

Camargo Neto: “Tivemos no começo do ano um foco no Rio Grande do Norte e não teve reflexo nenhum nas exportações”