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Opinião

Pesagem das aves

<p>Carlos A. Polonio fala das vantagens da pesagem automática das aves em galpões. Para ele, procedimento pode ser tornar exigência internacional em pouco tempo.</p>

Complementando o Comentário Avícola: “Entraves na avicultura”, publicado no dia 15 de julho e tão bem elaborado pelo seu autor Valter Bampi, médico veterinário e executivo do Grupo Big Frango, a pesagem das aves dentro dos galpões, para acompanhamento da engorda, é um fator muito importante que causa desconforto, angústia, medo, estresse e doenças, quando é feita pelo tal “método tradicional”. Ou seja, o funcionário cerca uma parte do barracão, aleatoriamente, pega uma ave, às vezes a coloca num saco, amarra suas patas, etc., a pendura numa balança mecânica de varão ou mesmo eletrônica, pesa, solta, desamarra, etc., etc., etc., e a “atira” de volta ao plantel. É impressionante! Há muitos casos de perus que enfartam durante o processo. Há também muitos casos de frangos com risco de carcaça, que foram ocasionados durante a pesagem, e que contaminaram os lotes.

O que se deve fazer para evitar isso é passar a controlar os pesos de forma automática, sem contato com as aves. Com este processo, as aves não deixam de expressar seu comportamento normal, além de serem pesadas com qualidade, pois os equipamentos de pesagem são muito bons, muito mais precisos que as velhas balanças de molas ou de varão (aquelas usadas antigamente nas feiras de rua).

Este processo é muito comum na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, ainda é muito lento, pois os avicultores ainda “temem” a modernidade. Os custos desta pesagem são facilmente compensados pelos ganhos que advém da pesagem automática, ou seja, milhares de pesagens versus algumas pesagens durante a engorda, informação eletrônica que pode trafegar rapidamente para os abatedouros, melhor controle do ganho de peso com relação ao consumo de ração, etc., além de não interferir com a “qualidade de vida” das aves.

Em breve, os importadores da nossa carne passarão a exigir este tipo de pesagem. Idem os órgãos governamentais. Quem estiver preparado terá uma boa vantagem competitiva.

Precisamos sempre estimular os empresários do setor a investir na modernização dos aviários. E na cultura profissional dos empregados e dos avicultores. Já foi o tempo dos “super-galinheiros”!

Carlos Alberto Polonio
Analista de Produtos da Toledo do Brasil Indústria de Balanças Ltda.

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