Biossegurança é uma palavra que faz parte do cotidiano da suinocultura brasileira. E o assunto ganha destaque a partir da nova realidade de restrição do uso de antibióticos promotores de crescimento na produção animal.
O médico veterinário e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Nélson Morés, acredita que as novas exigências em relação aos resíduos na carne aumentam as preocupações com medidas de biossegurança, exigem maiores cuidados na aplicação das boas práticas de produção, na correção de fatores de risco e programas de utilização de vacinas mais adequado. “A biosseguridade ganha importância. Vamos apertar mais nesta questão para podermos reduzir o uso de antibióticos”, destacou o especialista.
Morés vai participar do debate Sistemas de Biossegurança em Suínos, que será realizado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), durante o II Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (II SBSS) e I Brasil Sul Pig Fair, que vão acontecer entre os dias 4 e 6 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó, Santa Catarina.
O encontro vai acontecer no dia 4 de agosto, com entrada gratuita para congressistas do II SBSS. Entre as apresentações estarão o diretor de mercado externo da Abipecs, Rui Vargas, o especialista da Embrapa, Nélson Morés, e um representante da agroindústria. “Vamos abordar as exigências do mercado para a biossegurança, que é o assunto da atualidade”, garantiu o Diretor de Mercado Interno da Abipecs e organizador deste debate, Jurandi Machado.
Desafios – Morés lembra que em muitas regiões produtoras de suínos no Brasil ocorre muita movimentação de leitões, em especial nas fases de desmame e saída de creche, isso desafia questões ligadas a biossegurança. “O problema de circulação dos animais, que acontece principalmente nas integrações, é que ela facilita a proliferação e distribuição de agentes infecciosos. Reduzir este movimento pode ser a melhor saída para esta questão”, afirmou.
Apesar dos desafios do nosso sistema produtivo, o especialista lembra que a suinocultura brasileira tem ótimas condições sanitárias e de competitividade de custos. “Existem ações importantes sendo executadas no país. O Brasil é um dos poucos países sem PRRS (sigla em inglês de Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos), o que significa uma vantagem econômica de custo de produção em relação a países europeus, ou mesmo Estados Unidos e Canadá, que convivem com esta doença. O sucesso brasileiro se deve aos esforços bem equacionados da agroindústria e do ministério”, disse.
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Abipecs