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Exportação

Abipecs otimista

<p>Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, acredita na reabertura do mercado da África do Sul, mas pondera que fim do embargo deve levar algumas semanas.</p>

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, está otimista com a possibilidade de reabertura do mercado importador sul-africano de carne suína, mas não espera uma resposta daquele país nos próximos dias, ao contrário do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz. Na última sexta-feira (17/07), o secretário mostrou-se confiante com a missão brasileira ao país, que começou ontem (20/07) e se estenderá até quinta-feira e que conta com a participação de Camargo Neto.

“Quero ver se volto de lá com boa notícia, com o mercado reaberto”, comentou Kroetz.

Para o presidente da Abipecs, ainda que a resposta da África do Sul “não seja muito demorada”, é preciso que os técnicos do Ministério da Agricultura local tomem conhecimento dos detalhes atuais da criação de gado bovino e suíno do País. A África do Sul importava produto brasileiro até 2005, quando suspendeu as compras em função de um surto de febre aftosa. Outros países também embargaram a carne nacional, mas já reabriram seus mercados, ficando apenas a África do Sul entre os que mantinham a suspensão.

“As coisas não são assim”, avaliou Camargo Neto. Segundo ele, os técnicos sul-africanos receberam os documentos hoje e precisarão analisá-los com calma. O presidente da Abipecs preferiu não especular a respeito de uma data, mas acredita que a resposta não deverá demorar muito, pois o país já mantém o embargo há quatro anos. “Já ultrapassaram os limites”, disse.

A reunião entre a missão brasileira e os técnicos locais foi cordial, segundo ele. “Havia um problema de relacionamento, de comunicação entre as duas partes”, disse. De qualquer forma, de acordo com Camargo Neto, o cenário é positivo. “Para quem está esperando a reabertura há dois anos, podemos esperar um pouco mais”.

Enquanto o Brasil fica de fora da lista de vendedores de carne suína e bovina para a África do Sul, a União Europeia ganha espaço. Para o presidente da Abipecs, no entanto, isso não será um problema quando o Brasil voltar a exportar para o país porque, segundo ele, o produto brasileiro é mais barato que o do bloco europeu. “A gente vai recuperar o mercado”, previu.

De acordo com a Abipecs, a África do Sul importou do Brasil, em 2005, cerca de 20 mil toneladas de carne suína. “Este é um mercado simbólico, pois a África do Sul foi o último país a reconhecer a sanidade dos animais brasileiros.”