O Tocantins foi o Estado brasileiro que teve o maior percentual de aumento na produção de carne de frango (com inspeção) no comparativo dos anos 2007/2008. No total o crescimento chegou 159, 61% enquanto o segundo estado que mais cresceu foi o Paraná com 23,61. Os dados são do relatório anual da União Brasileira de Avicultura, divulgados no último final de semana, no site da entidade.
Segundo o vice-presidente da UBA para o Centro-Oeste, Aroldo Amorim Filho, presidente do Grupo Asa Alimentos, com unidades no Tocantins, a crise que chegou a preocupar o setor, não foi suficiente para imprimir uma retração, mantendo o país com um crescimento positivo. O Tocantins, por exemplo, viu sua produção saltar de 5,5 milhões de cabeças abatidas em 2007 para 15,1 milhões em 2008, conforme o relatório.
O relatório da UBA registra que nunca se produziu, consumiu e exportou tanto frango brasileiro como em 2008. No saldo geral foram quase 11 milhões de toneladas no acumulado do ano, 7,03 a mais que em 2007. Ainda de acordo com o relatório “internamente nos fortalecemos como a carne preferida do brasileiro. Em números per capita, o consumo nacional atingiu 38,9 kgs, ou 2,9% a mais que o índice de 2007″.
No mercado externo, o frango brasileiro também voou mais alto. A avicultura brasileira exportou no ano passado 3,6 milhões de toneladas. A UBA destaca que em setembro e outubro de 2008, quando pipocavam as notícias da crise internacional, o setor batia recorde de alojamento de pintos de corte, o que se refletiria no volume produzido em novembro, mês recorde, com 496 milhões de cabeças abatidas.
Já o Tocantins já ultrapassou os estados do Espírito Santo, Rondônia, Rio de Janeiro e Sergipe na produção de carne de frango. O Estado que lidera a produção é o Paraná com 1,2 bilhão de cabeças abatidas, o que corresponde a 29% de toda a produção nacional, mas o crescimento do Estado em 2007/2008 foi de 23,61%.
Alguns estados como Santa Catarina, Rio de Janeiro, Sergipe e Espírito Santo tiveram redução na produção. Aroldo Amorim acredita que 2009 será um ano mais promissor, com a expectativa de aumento de exportação para a Ásia, especialmente para a China.