Redação (09/12/2008)- Duas notícias surpreendentes colocam em cheque a credibilidade européia no que diz respeito à sanidade animal. A presença de dioxina na ração utilizada em dez fazendas irlandezas levou o chefe de Saúde da União Européia a interditar todos os carregamentos de carne de porco produzida na Irlanda. A medida de emergência tem por objetivo evitar que a contaminação por dioxina se espalhe pela cadeia alimentar do bloco europeu..
Ainda ontem o Federal Veterinary Office, da Suíça, declarou que 90% das galinhas de seu país foram infectadas por uma bactéria que causa intoxicação alimentar no verão passado.
As autoridades veterinárias ficaram surpresas quanto à extensão da contaminação na primeira vez em que a campylobacter bacterium foi monitorada durante o verão (setentrional), disse ontem o porta-voz Marcel Falk.
Dioxina
Na Irlanda, os níveis de dioxina encontrados nos suínos é cerca de 100 vezes maiores do que o máximo permitido pela UE.
A ração contaminada também foi enviada a algumas fazendas de gado, mas nenhuma produtora de laticínios foi afetada.
"Os países-membros receberam a ordem de deter a carne de porco e os produtos da Irlanda, controlando a presença de dioxina…", disse Androula Vassiliou, comissário de saúde da UE.
A carne contaminada e os produtos de carne de porco processados vindos da Irlanda foram enviados a 12 países da União Européia e nove países de fora do bloco.
"Podemos dizer que as medidas adotadas foram completas", disse Nina Papadoulaki, da comissão de saúde. "As medidas que as autoridades irlandesas tomaram são consideradas suficientes neste estágio".
Representantes dos órgãos veterinários dos países da UE afetados e do Órgão Europeu de Segurança Alimentar vão discutir uma abordagem conjunta. A exposição a dioxinas em algumas concentrações pode causar câncer e outros problemas de saúde.