Redação (28/11/2008)- Previsões do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a produção de carne bovina no Brasil crescerá em um ritmo superior à demanda nacional pelo produto nos próximos anos. A oferta nacional irá ultrapassar 14 milhões de toneladas em 2018, uma vez e meia a mais do que a produção estimada para este ano, de 9,5 milhões de toneladas. Já o consumo ficará entre 7 milhões e 9 milhões de toneladas, números que deixam claro a tendência de aumento do excedente para exportação.
Para chegar a essa estimativa, o Cepea levou em consideração uma taxa anual de crescimento da oferta de carne de 4,98%, número definido a partir dos últimos dez anos e considerado factível para a situação da atividade no cenário nacional e mundial, diz o relatório do Cepea. Já para o consumo, a entidade leva em consideração um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, número com base em estimativas do mercado.
Para 2008, é esperado um crescimento de 2,53% no consumo doméstico e de 12% do volume disponível para exportação, segundo projeções do Cepea. Para o ano que vem, se mantidos o crescimento da produção em 5%, do consumo interno de 2,5% e do PIB brasileira em 3,5%, o total para exportação chegará a 2,9 milhões, volume 11,5% maior que o estimado para 2008. Logo, é premente a necessidade de novos mercados compradores e a intensificação das compras dos atuais clientes da carne brasileira, desafio agravado pela crise instalada, diz o Cepea.
Segundo o pesquisador Sérgio De Zen, responsável pelos levantamentos na área de pecuária de corte, o comportamento do setor nos próximos anos dependem de uma combinação de fatores relacionados ao mercado interno e à exportação. Ele comenta que o crescimento da brasileira economia abaixo de 4% terá como reflexo uma retração no consumo. O consumo de carne bovina está muito atrelado à renda e, consequentemente, ao PIB. Uma tentativa de evitar a diminuição do consumo de carne é a redução dos preços, o que, de fato, pode acabar ocorrendo pelo aumento estimado da oferta aos brasileiros, diz ele.
De Zen considera importante a atuação do governo, garantindo linhas de financiamento à exportação de médio e longo prazos, a fim de que o Brasil possa consolidar suas posição no mercado internacional e não abrir espaços para a retomada de outros países como Estados Unidos e eventualmente a Austrália. Ele ressaltou a importância da atuação da diplomacia brasileira para garantir o acesso ao mercado russo, que necessita da carne brasileira para controlar a pressão inflacionária. O Cepea destaca outros mercados como China, Japão e os países emergentes, que tendem a aumentar a procura pela carne brasileira, uma vez que o produto tem valores relativamente baixos em comparação a outros fornecedores. (Previsões do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que a produção de carne bovina no Brasil crescerá em um ritmo superior à demanda nacional pelo produto nos próximos anos. A oferta nacional irá ultrapassar 14 milhões de toneladas em 2018, uma vez e meia a mais do que a produção estimada para este ano, de 9,5 milhões de toneladas. Já o consumo ficará entre 7 milhões e 9 milhões de toneladas, números que deixam claro a tendência de aumento do excedente para exportação.
Para chegar a essa estimativa, o Cepea levou em consideração uma taxa anual de crescimento da oferta de carne de 4,98%, número definido a partir dos últimos dez anos e considerado factível para a situação da atividade no cenário nacional e mundial, diz o relatório do Cepea. Já para o consumo, a entidade leva em consideração um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, número com base em estimativas do mercado.
Para 2008, é esperado um crescimento de 2,53% no consumo doméstico e de 12% do volume disponível para exportação, segundo projeções do Cepea. Para o ano que vem, se mantidos o crescimento da produção em 5%, do consumo interno de 2,5% e do PIB brasileira em 3,5%, o total para exportação chegará a 2,9 milhões, volume 11,5% maior que o estimado para 2008. Logo, é premente a necessidade de novos mercados compradores e a intensificação das compras dos atuais clientes da carne brasileira, desafio agravado pela crise instalada, diz o Cepea.
Segundo o pesquisador Sérgio De Zen, responsável pelos levantamentos na área de pecuária de corte, o comportamento do setor nos próximos anos dependem de uma combinação de fatores relacionados ao mercado interno e à exportação. Ele comenta que o crescimento da brasileira economia abaixo de 4% terá como reflexo uma retração no consumo. O consumo de carne bovina está muito atrelado à renda e, consequentemente, ao PIB. Uma tentativa de evitar a diminuição do consumo de carne é a redução dos preços, o que, de fato, pode acabar ocorrendo pelo aumento estimado da oferta aos brasileiros, diz ele.
De Zen considera importante a atuação do governo, garantindo linhas de financiamento à exportação de médio e longo prazos, a fim de que o Brasil possa consolidar suas posição no mercado internacional e não abrir espaços para a retomada de outros países como Estados Unidos e eventualmente a Austrália. Ele ressaltou a importância da atuação da diplomacia brasileira para garantir o acesso ao mercado russo, que necessita da carne brasileira para controlar a pressão inflacionária. O Cepea destaca outros mercados como China, Japão e os países emergentes, que tendem a aumentar a procura pela carne brasileira, uma vez que o produto tem valores relativamente baixos em comparação a outros fornecedores.