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CDA apura mortandade de frangos em granjas ligadas à Frango Forte

<p>Ao menos dez unidades na região de Tietê (SP) foram visitadas e foi constatado que as mortes ocorreram por inanição, em decorrência da falta de alimentos.</p>

Redação (16/10/2008)- A Secretaria de Agricultura de São Paulo informou que técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado, iniciaram hoje visitas às granjas integradas da empresa Frango Forte, espalhadas por 37 municípios, após o relato da mortandade de 10% dos animais em algumas unidades. Por lei, acima desse porcentual de morte de aves os veterinários responsáveis são obrigados a comunicar o fato à CDA.

Ao menos dez unidades na região de Tietê (SP) foram visitadas e foi constatado que as mortes ocorreram por inanição, em decorrência da falta de alimentos. No período de crise financeira, ampliada pelo cenário de falta de liquidez, a Frango Forte não tem repassado ração a produtores integrados, responsáveis pelas granjas. Além de Tietê, a empresa tem unidades em Conchas (SP), Monte Alegre do Sul (SP) e um frigorífico desativado em Américo Brasiliense (SP).

Os técnicos da CDA orientam os produtores a enviar aos frigoríficos para abate as aves vivas que não teriam alimento, seguindo os padrões sanitários. As aves mortas devem ser descartadas, enterrando-as em valas ou encaminhando-as a aterros sanitários apropriados, autorizados pela Cetesb. Caso haja a distribuição gratuita de aves – iniciativa tomada por alguns produtores – a Secretaria da Agricultura informou que não cabe à Defesa Agropecuária qualquer tipo de ação. Caso a ave esteja com aspectos de desnutrição, a Vigilância Sanitária do município deve ser acionada, por se tratar de saúde pública.

Descarte

A assessoria de comunicação da Frango Forte confirmou as mortes em granjas e informou que está trabalhando junto aos seus produtores e às autoridades públicas para o descarte desses animais. Outros frangos vivos que não atingiram ainda os 45 dias para o abate foram encaminhados à unidade de subprodutos para a produção de farinha e óleo, mas a capacidade de processamento não suporta o volume.

A empresa não informou quantos produtores integrados possui, quantos animais seriam criados e nem o número de aves mortas por inanição. Os dados, de acordo com a assessoria de comunicação da Frango Forte, deverão ser divulgados até o início da próxima semana. A companhia informou que o abate diário de 220 mil a 230 mil animais caiu para entre 150 mil a 200 mil e ainda que executivos da empresa estariam em reuniões para tentar reverter a crise financeira por meio de parcerias ou de crédito.