Redação (25/09/2008)- O custo de produção dos suínos caiu mais de 10% neste ano na comparação com o mesmo período de 2007, por conta dos preços menores do milho – que responde por 80% da ração – do farelo e do óleo de soja. No Mato Grosso do Sul, o custo operacional passou de R$ 2,70 por quilo de animal vivo em setembro do ano passado para R$ 2,30 por quilo hoje, segundo a Associação Sul-Mato-grossense de Suinocultores.
"Ninguém esperava por isso (a queda dos preços das commodities). No ano passado, pagávamos R$ 22 a saca de milho; hoje o preço é de R$ 16 a saca", diz Arão Moraes, presidente da entidade, que foi hoje reconduzido ao cargo para um mandato de mais dois anos.
Moraes diz que a suinocultura vive um bom momento. Em especial a do Mato Grosso do Sul, Estado que teve seu status sanitário reconhecido pela União Européia. Livre de febre aftosa com vacinação, o MS espera voltar a exportar carne suína para a Rússia. Neste ano, a estimativa da associação é de um aumento de 10% na produção, suficiente para atender a indústria local e os Estados vizinhos.
Para 2009, a estimativa é crescer entre 15 e 20%, com um incremento das matrizes no primeiro trimestre do ano das atuais 50 mil para até 65 mil matrizes. "Na pior das hipóteses devemos crescer 15%", disse Moraes. O Mato Grosso ocupa a quinta posição entre os produtores de carne suína, atrás de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O menor custo de produção não significará necessariamente preços mais baixos para o consumidor nos próximos meses. Moraes diz que se trata de uma questão de mercado. Hoje a carne suína acompanha a evolução de preços da carne bovina. "Se a carne bovina cair, a carne suína também ficará mais barata", diz ele.