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Governo do Peru quer arrendar sete portos do país até 2009

<p>O objetivo da medida é acelerar o desenvolvimento da infra-estrutura do país.</p>

Redação (23/09/2008) – O governo do Peru quer entregar a administração dos sete portos do país às mãos da iniciativa privada até, no máximo, o final do ano que vem. A promessa foi anunciada pelo presidente peruano Alan García e pelo diretor executivo da Agência de Promoção de Investimento Privado do Peru (Proinversion), David Lemor, durante a ExpoPeru 2008, feira empresarial de investimentos realizada quinta-feira (18) na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

O objetivo da medida é acelerar o desenvolvimento da infra-estrutura do país. Ambos acreditam que a abertura dos sete portos aos investidores privados seria um dos passos mais importantes para que o Brasil, por exemplo, passasse a usar mais os complexos portuários peruanos para a exportação de suas mercadorias por meio do Oceano Pacífico. Em 2006, os sete portos do Peru movimentaram 47,7 milhões de toneladas de cargas, mas a presidência da República possui planos audaciosos.

“Isso é muito importante para nós e estamos trabalhando desde 2005 para agilizar os processos. As empresas teriam o direito de usar os portos do país por até 30 anos e poderiam, por meio de contratos de arrendamento, parcerias ou concessões, administrar terminais de contêineres, granéis líquidos, sólidos e outros tipos de carga. E em breve queremos fazer o mesmo com os portos fluviais”, disse David Lemor aos cerca de 400 empresários peruanos e brasileiros que participaram de sua palestra.

Os portos envolvidos neste projeto da Proinversion são os seguintes: Paita, Callao, Salaverry, Chimbote, San Martín, Ilo e San Juan de Marcona. Este último, aliás, foi citado pelo presidente Alan García mais de uma vez na Fiesp com a rota ideal para as empresas brasileiras do Norte e do Centro-Oeste que estiverem dispostas a exportar pelo Peru. A expectativa é que, em 2035, os sete portos estejam movimentando 75 milhões de toneladas por ano.

“San Juan de Marcona precisa de uma reforma ampla, que em uma visão simples, poderia ser encampada por uma empresa brasileira, por exemplo. Aí, por ter bancado sua revitalização, essa empresa o administraria por um prazo de até 30 anos, ganharia uma rota segura com o Pacífico e nos ajudaria. Acreditamos que este modelo poderá trazer resultados em curto espaço de tempo”, frisou Alan García