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Oeste mais próximo de uma ligação ferroviária com o PR

<p>A obra será importante para Chapecó e o grande oeste barriga-verde porque essa região importa mais de 5 milhões de toneladas de milho e farelo de soja do Mato Grosso do sul e do Paraná.</p>

Redação (18/09/2008)- O oeste de Santa Catarina está mais próximo de uma ligação ferroviária com o sudoeste do Paraná. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Vincenzo Mastrogiacomo, o prefeito em exercício de Chapecó, Élio Cella, o  governador do Paraná, Roberto Requião e o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes participaram do ato de contratação da primeira fase do estudo de viabilidade técnica para expansão da Ferroeste para o sudoeste do Paraná e o oeste de Santa Catarina. A solenidade ocorreu às 17 horas dessa quarta-feira, no Colégio Estadual La Salle, em Pato Branco (PR), com a presença de duas centenas de lideranças dos dois estados.

O contrato é um passo necessário para verificação das condições de viabilidade técnica, econômica e financeira de uma ligação ferroviária entre o trecho existente (Guarapuava – Cascavel) e o sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina, até Chapecó.

A obra será importante para Chapecó e o grande oeste barriga-verde porque essa região importa mais de 5 milhões de toneladas de milho e farelo de soja do Mato Grosso do sul e do Paraná, assinala o presidente da Acic. A economia que o transporte ferroviário proporcionará elevará a competitividade das exportações catarinenses.

O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, mostra que o sudoeste do Paraná necessita da construção de vias férreas para aumentar a atratividade de investimentos produtivos e ter maior participação no comércio internacional. A região é destaque nacional na produção agropecuária, na industrialização, no sistema cooperativista, em especial no segmento de avicultura de corte e  não pode ser prejudicada com a falta de infra-estrutura e logística de transporte.

O trecho em estudo é fundamental para o sudoeste e oeste de Santa Catarina e há claros indícios de viabilidade do projeto, especialmente em razão da construção, já acordada entre os governadores do sul e o Governo Federal, do ramal da Ferroeste para Maracaju, no Mato Grosso do Sul, que é produtora dos insumos da indústria da carne do sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina.

Os estudos de viabilidade serão realizados pelo Instituto de Tecnologia do Paraná, responsável também pelo projeto de pré-viabilidade do trecho Guarapuava- Paranaguá em parceria com o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina.

Para realçar a viabilidade do projeto, Mastrogiacomo destaca que estudos já realizados pela Ferroeste e a Secretaria de Infra-estrutura de Santa Catarina aferiram o transporte atual de mais de cinco milhões de toneladas de milho e farelo de soja entre as zonas produtoras (Mato Grosso do Sul, oeste do Paraná e sudoeste do Paraná) e o oeste de Santa Catarina. Essa constatação motivou os governadores do PR, SC e MS a enviarem carta à Ministra Dilma Roussef, em 18 de Dezembro de 2007, solicitando apoio do governo federal para a expansão da Ferroeste ao oeste de Santa Catarina.

Em atendimento à solicitação, realizou-se reunião no dia 25 de janeiro de 2008, no Palácio do Planalto entre a Ministra Dilma, o Ministro dos Transportes e os governadores, na qual o governo federal declarou apoio ao projeto de expansão da ferrovia ao Mato Grosso do Sul, à Paranaguá e ao oeste de Santa Catarina.

Em junho deste ano, os governadores do PR, MS, RS e SC, reunidos no Codesul, em Campo Grande, aprovaram a “Moção Ferroeste”, expressando apoio à inclusão da expansão da Ferroeste Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).