Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

União de avícolas paranaenses reduz custos e amplia eficiência

<p>O grupo é responsável por 25% da produção de frango de corte do Paraná e deverá faturar R$ 360 milhões, com crescimento de 111% em relação a 2007.</p>

Redação (08/09/2008)- A compra em grandes volumes de insumos, como farelo de soja, deverá proporcionar à Unifrango Agroindustrial economia de entre 5% e 6%, quando se trata de operar no mercado spot. Essa foi uma das estratégias das 19 empresas do setor agrícola que se uniram para fazer frente à concorrência e garantir boa participação no mercado internacional. O grupo é responsável por 25% da produção de frango de corte do Paraná e deverá faturar R$ 360 milhões, com crescimento de 111% em relação a 2007.

A compra em grandes volumes de produtos no mercado spot, como 16 mil toneladas mensais farelo de soja, além de milho, proporciona uma economia para o grupo de entre 5% a 6%. Segundo seu diretor executivo, Pedro Henrique Oliveira a principal vantagem da operação em pool, além da escala, é trazer certa estabilidade ao mercado e a garantia de fornecimento. "Hoje nós conseguimos fazer com que o milho consumido pelo pool seja limpo e seco pelas cooperativas e dentro de um padrão adaptado exatamente à produção de frango de corte", diz ele.

A economia é ainda maior com a importação dos aminoácidos utilizados na ração, cujas compras em grandes lotes reduziram o preço em 18%. "Hoje fazemos o que só a Sadia conseguia fazer. Temos contratos de fornecimento por três anos". O grupo responde pela terceira colocação em abate de frango no país, com 1,8 milhões de cabeças abatidas/dia, e é o que mais produz pintos de um dia, com dois milhões e duzentos mil de pintainhos diários.

O pool se prepara para dar outro grande passo na redução de custos das empresas associadas. Deverá inaugurar em Apucarana no início de janeiro seu armazém de congelados e o terminal ferroviário próprio para passar a exportar os frangos congelados em contêineres por Paranaguá – hoje 90% da movimentação da região, cerca de 16 mil toneladas mensais vão para mais de 120 países, incluindo Japão, Arábia Saudita e Rússia é feita por caminhões. "A operação vai reduzir os custos de movimentação em 26% e envolve perto de 60% da nossa produção que está no Norte e Nororeste do Paraná. Por enquanto o Sul fica de fora", explica Pedro Henrique Oliveira.

O armazém, com capacidade para 10 mil toneladas, exigiu investimentos de R$ 35 milhões junto com um centro de distribuição para 25 mil toneladas e faz parte de projeto que pretende construir um novo frigorífico e fábrica de rações com investimentos de R$ 200 milhões bancados pelo pool.

Também a abertura de novos negócios e mercados de exportação é feita em conjunto: a empresa participou no mês de maio da feira de alimentos Sial, edição China, e já está com a participação confirmada em outros eventos de nível internacional, como a Sial Paris, que acontecerá em outubro. "Nós conseguimos produzir uma mudança cultural porque a cada vez que íamos ao mercado haviam alterações significativas. Hoje, com contratos de longo prazo e com a disciplina organizacional conseguimos uma certa disciplina que evita flutuações bruscas de preços", explica.

Segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), até julho de 2008, a avicultura paranaense exportou 513,15 milhões de quilos de carne de frango, um desempenho 6,9% superior ao ano passado, um novo recorde para o segmento.