Redação (19/08/2008)- Produtores de Sergipe comemoram a safra de milho. O investimento em semente e a distribuição de chuva favoreceram o bom resultado.
No semi-árido sergipano há verde a perder de vista. O agricultor Anderson Souza espera colher seis toneladas por hectare em sua propriedade. É o dobro do milho que colheu no ano passado.
“Investi em máquinas. Você pode ver que há um espaçamento diferente de milho. Investi em adubação e investi em semente”, disse Souza.
A tecnologia também ajudou a aumentar a produtividade dos pequenos produtores. O agricultor José Alves alugou máquinas para ajudar no plantio de 12 hectares. “Não era viável a gente plantar mais na mão, na força bruta”, justificou.
Em um assentamento do sertão sergipano, vinte das 40 famílias usaram a técnica do plantio direto. Dessa maneira, conseguiram plantar no tempo certo no período estabelecido pelo zoneamento agrícola, o que garantiu maior produtividade nas lavouras.
“O plantio direto, mexido menos o solo, permite que a máquina entre em condições de chuva que no plantio convencional não tinha condições”, esclareceu o agrônomo Clésio Pacheco.
Sergipe registra esse ano a maior safra de milho de todos os tempos, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento e do IBGE. O aumento em relação à colheita do ano passado foi de 102%. São 400 mil toneladas de milho híbrido. Grãos que ajudam a mudar o perfil da lavoura no Estado.
“Nós passamos de uma situação onde a maior parte do milho consumida no Estado vinha de fora. Era uma importação. E hoje Sergipe se encontra no Estado de exportar milho para outros Estados da região Nordeste”, explicou o agrônomo Ivênio de Oliveira.
Dos 17 hectares da propriedade do agricultor José Conrado de Souza, seis foram destinados ao milho. E ele já faz planos com os lucros que espera ter. “Melhorar a minha vida e a vida da minha família”, disse.