Redação AI (09/08/07) – Neste setor, a Sadia e a Perdigão têm décadas de tradição, mas há um grupo de novas empresas que surgiram pelo crescimento do mercado exportador de aves e que está disposta a bancar seus projetos de crescimento via Bolsa.
O primeiro candidato é a paranaense Unifrango. A empresa deu o primeiro passo em 13 de julho passado com a aprovação em assembléia da transformação para S/A. A Unifrango ainda não fez a comunicação oficial à Bovespa, o que deve ocorrer ao final do primeiro trimestre de 2008, quando estarão em funcionamento seus dois grandes projetos um frigorífico com capacidade de abate de 150 mil aves por dia na cidade de Apucarana (PR) e um armazém de congelados com capacidade para 25 mil toneladas para operar na exportação por contêineres.
As obras desse novo frigoríficos, que demandarão R$ 40 milhões em investimento, estavam previstas para serem concluídas no final de 2008, mas foram antecipadas para atender aos planos de abertura de capital, segundo Pedro Henrique Oliveira, diretor-executivo da empresa. "Para nós abrir capital era decisão inevitável para continuar crescendo", completa Oliveira.
Com sede em Maringá, noroeste do Paraná, a Unifrango nasceu há seis anos como uma prestadora de serviços pertencente a um pool de 19 empresas do setor. Faturou R$ 150 milhões em 2006 e deve alcançar R$ 180 milhões em 2007.
Juntas, as 19 empresas da somam capacidade de abate de 1 milhão e 600 mil frangos diários, o que transforma Unifrango na terceira empresa do setor, atrás apenas da Sadia e da Perdigão. Na produção de pintainhos (2 milhões/dia) a Unifrango é a primeira do País. Outro passo importante em direção ao mercado será o lançamento, até o final do ano, da marca própria Unifrango: "Toda a produção dos 19 associados será colocada no mercado já com essa nova marca, inicialmente no mercado interno e, em seguida, no exterior", informa Oliveira.
Sociedade
Ele anuncia para 2008 também o ingresso de dois novos sócios: um frigorífico com capacidade de abate perto de 300 mil frangos diários, em Campo Mourão, e mais um produtor de pintainhos. "Abrir o capital também passa a ser uma opção natural quando se tem tantos sócios", diz o diretor.