Redação (25/06/07) – A proposta, assinada entre o governo brasileiro e paraguaio, tem a Embrapa e o Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai como executores e a coordenação sob os cuidados do Ministério das Relações Exteriores dos dois países. Ela estabelece a implantação de um projeto de capacitação técnica de pesquisadores nas principais cadeias produtivas do agronegócio do Paraguai.
Orçado em US$ 174 mil dólares , a capacitação tem duração prevista de 24 meses e pretende elevar a capacidade técnica para desenvolver as principais cadeias produtivas dos produtos agropecuários do Paraguai; e melhorar os processos da produção, produtividade e qualidade dos produtos com a adoção de tecnologias competitivas.
Para isso, técnicos paraguaios serão capacitados no desenvolvimento de sistemas de produção, melhoramento genético e manejo de pragas e doenças das culturas de algodão, mandioca, mamona, arroz, trigo, milho, cana-de-açúcar, soja, frutas tropicais, citros e olerícolas. Além do capacitação em produção de sementes de grãos, integração lavoura-pecuária, conservação e fertilidade de solos e zoneamento agroclimático.
A Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados-MS) é a responsável por coordenar esse projeto, o qual terá a participação de várias Unidades da Embrapa.
Distante 120 Km da divisa com o Paraguai, o município de Dourados-MS é ponto estratégico nesta parceria. Durante a última reunião do Comitê Assessor Externo (CAE) da Unidade, realizada na semana passada, dois membros do Foro Brasil-Paraguai, organização de empresários brasileiros que atuam no Paraguai e interlocutora nessa missão, estiveram presentes para ajustar os detalhes.
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Mário Artemio Urchei, “não será somente um acordo solidário, mas um intercâmbio de conhecimentos, uma cooperação entre os países e o benefício será mútuo. Temos condições de potencializar Brasil e Paraguai e investir além do que já estamos investindo”. O próximo passo, segundo Urchei, é “fechar o cronograma de execução do projeto e iniciar as atividades, o que deverá ocorrer, no máximo, até agosto próximo”.