Redação SI (22/05/07) – A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) reconheceu nesta terça-feira, durante sua 75ª Assembléia Geral, em Paris (França), o Estado de Santa Catarina como zona livre de febre aftosa sem vacinação e o centro-sul do Pará como zona livre de febre aftosa com vacinação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou o reconhecimento em janeiro deste ano e hoje (22/05) teve os dois pleitos aprovados pelo Comitê Internacional, composto por 168 países.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa considera de grande importância o reconhecimento de Santa Catarina tanto para o Estado como para o Brasil, por constituir etapa decisiva para a conquista de novos mercados para os produtos pecuários brasileiros. A secretaria ressalta que “os mercados que pagam preços melhores por produtos agropecuários, como o Asiático, por exemplo, somente aceitam comprar produtos de origem bovina e suína de países ou de zonas reconhecidas internacionalmente como livres de febre aftosa sem vacinação”.
A última vacinação contra febre aftosa realizada em Santa Catarina ocorreu em abril do ano 2000 e o Estado manteve-se firme em sua decisão técnica e política de não voltar a vacinar. Essa resolução permitiu o encaminhamento e a defesa do pleito brasileiro junto à OIE, objetivando o atual reconhecimento.
Pará – No caso do Pará, o reconhecimento internacional abrange 44 municípios do centro-sul do Estado, que possui um rebanho de 13,5 milhões de bovinos e bubalinos. A partir de agora, o Pará poderá ter acesso a todos os mercados do País. “Além disso, abre-se à oportunidade para o início da busca por mercados externos mais atrativos”, salienta nota técnica da SDA.
A secretaria afirma ainda que as novas condições sanitárias de Santa Catarina e da região centro-sul do Pará somente foram alcançadas em razão do persistente trabalho desenvolvido pelos governos federal e estadual e pelos produtores, especialmente no cumprimento do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. A expectativa do Mapa é de manutenção desta parceria, “com a finalidade de preservar a condição sanitária conquistada e permitir a continuidade dos esforços para implementação das ações necessárias ao avanço do Programa e permitir o enfrentamento de futuros desafios”.