Redação (21/05/07) – Milho de melhor qualidade, animais com maior peso. Resultados importantes alcançados na propriedade de Valdemar Masson, na linha Pinheiro Alto, interior de Ouro (SC), com a ajuda da tecnologia. E o que é ainda mais importante: com tecnologia não poluente.
A maneira de secagem e armazenagem do milho é a novidade. Há aproximadamente 60 dias, ele implantou um sistema movido a energia solar. Nos dois tanques nos quais os grãos são secados, também é possível estocá-los.
As placas que ficam no telhado retêm o calor, repassado por meio de motoventiladores aos tanques a uma temperatura de 15ºC a 17ºC graus mais alta.
Os grãos ficam cinco centímetros distantes dos tanques – que são feitos com concreto e isopor, materiais para o isolamento térmico – por uma tela. Isso garante a secagem uniforme, sem agredir as características do produto.
A umidade do milho é baixada até o coeficiente ideal em três dias. Tudo é automático, o que diminui a mão-de-obra, evita a queima de lenha, e problemas de saúde no trabalhador.
Masson conta que os valores da estocagem e do frete eram altos. Além disso, o milho de boa qualidade que ele planta se misturava ao de outros produtores, por vezes de qualidade inferior.
O investimento foi de R$ 40 mil. O retorno financeiro ainda não veio; apenas a qualidade. A nova creche para os leitões, em fase de finalização, recebeu na última semana uma nova máquina para aquecer os animais. A energia elétrica, que demandava muito dinheiro mensalmente, foi substituída por biodiesel.
Equipamento se paga em torno de um ano
O sistema era utilizado há três anos e meio, mas a máquina tinha menor potência. O custo foi de R$ 12 mil, considerado válido pelo produtor.
"Em um ano a máquina se paga, já que a eletricidade é inviável. Com o aquecimento uniforme, o leitão fica ganha peso mais facilmente".
Masson e a família pensam em ampliar o uso de energia ecologicamente correta. Um novo modelo de biodigestor será instalado, em breve, na propriedade, para demonstração. A vantagem é que o processo de fermentação dura 12 horas, bem mais rápido que os cerca de 30 dias no sistema atual. A intenção é instalar também um gerador para outros usos da energia do biodigestor na propriedade.