Redação SI (16/05/07) – O controle das condições de produção em todas as etapas da cadeia com a implementação de sistemas de qualidade garante um produto final de qualidade é o que afirma o Dr. Daniel Berlitz , Gerente Geral da Doux Frangosul,, um dos participantes do painel. A questão dos alimentos transgênicos foi outro aspecto discutido pelos participantes do Evento. Principalmente quanto as matérias primas utilizadas na ração animal, o assunto transgênicos está causando certa preocupação entre as indústrias e produtores. Os produtos têm restrição mercadológica e há uma tendência em curto espaço de tempo todo o milho e soja comercializada no mundo serem de origem transgênica, fato que precisa ser informado aos consumidores e demais interessados.
O Dr. Luciano Bersot da Universidade Federal do Paraná fez a uma abordagem sobre a Salmonella. Foi discutida pelo especialista as ferramentas de controle sobre o patógeno nas várias etapas da cadeia. Entre as ferramentas de controle cogita-se as boas práticas de produção, sistemas de qualidade na indústria e varejo além de discussão sobre a importância da água em todos os elos da cadeia e conscientização do pessoal envolvido.Abordou-se também que a discussão da salmonella não fica restrita apenas a cadeia do frango, podendo atingir a todo segmento cárneo.
O Evento, que teve como tema “O Alimento Seguro e as Ações Multiprofissionais: Os Novos Desafios” contou com a participação de mais de 1500 pessoas, quando foram apresentados 630 trabalhos científicos e ministradas palestras por profissionais, brasileiros e estrangeiros, de diferentes formações profissionais. O evento teve o comando do Presidente do Colégio Brasileiro de Médicos Veterinários Higienistas de Alimentos, Prof. Zander Barreto Miranda, e a Comissão de Divulgação e Comunicação esteve a Cargo do Prof. M.Sc. Guilherme Augusto Vieira.
Explicação sobre os transgênicos feita pelo Daniel Berlitz : Segundo o Dr. Daniel Berlitz, muito embora a perspectiva do aumento massivo da produção de grãos transgênicos, é importante lembrar que no Brasil somente o cultivo de sementes transgênicas de soja e de algodão está autorizado. A tendência no País será a geração de produtores especializados em grãos não-transgênicos, inspecionados e certificados. Porém isso impactará em aumento de custos. A indústria de produção de rações, como um todo também, se adequará (e está se adequando) a essa nova realidade, segregando suas rações conforme o tipo de matéria-prima, possibilitando dirigir o alimento para os animais conforme o mercado a que serão destinados. Caberá ao consumidor final decidir se preferirá pagar ou não por essa especialização da cadeia produtiva.