Redação (26/04/07) – O setor pede que o governo libere R$ 90 bilhões para custeio, comercialização e investimento da próxima safra; 50% a mais do que no ano passado. Outra reivindicação é a redução na taxa de juros controlados pelo governo para 4,5% ao ano, no lugar dos atuais 8,75%, que vigora há uma década. “Essa taxa foi quando a Selic era 27%. Hoje a Selic está em 12,5% e nós estamos aí a pagar o mesmo 8,75%”, diz o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e também presidente da Comissão de Crédito Rural, Carlos Sperotto.
Os produtores também querem mudanças na tomada de dinheiro a juros controlados. A primeira seria o aumento do limite de financiamento por produtor. A outra, mais facilidade para fornecer garantias aos bancos. “Nós temos que levar em consideração o que já foi pago e isso sendo desvinculado de garantia, ou seja, liberando garantias parciais para os produtores, e incluindo também a safra dele como penhor, como a verdadeira garantia bancária”, afirma o economista da CNA, Ricardo Cotta.
O ministério da Agricultura informou que o plano safra ainda está sendo elaborado e que as propostas do setor serão analisadas. O lançamento do plano só deve ocorrer em junho.