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Exportações de carne suína têm alta de 10%

<p>Mesmo com a persistência do embargo russo à Santa Catarina, que já foi o maior Estado exportador de carne suína do Brasil, as vendas externas do produto cresceram em janeiro passado.</p>

Redação (09/02/07) – Conforme dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), foram embarcadas 38.110 toneladas no mês passado, alta de 4,97% em relação a igual mês de 2006.

A receita com as vendas de carne suína ao exterior totalizou US$ 73,127 milhões, um incremento de 9,80% sobre janeiro de 2006, segundo a Abipecs.

Os números da associação mostram que os embarques para a Rússia – que só importa hoje carne suína do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso – continuam a recuar. O país, que ainda é principal cliente brasileiro em suínos, comprou 18.410 toneladas em janeiro passado, uma queda de 20,88% que em igual mês de 2006. Hong Kong, outro cliente importante do Brasil, também comprou menos. Foram 5.828 toneladas em janeiro passado, um recuo de 8,28% sobre o mesmo período do ano anterior.

Um destaque positivo foi a Ucrânia, para onde os exportadores brasileiros venderam 3.769 toneladas em janeiro deste ano, contra apenas 987 toneladas no mesmo mês do ano passado, um crescimento de 282%.

Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, avaliou que o crescimento visto em janeiro deste ano sobre janeiro do ano passado não é significativo. E disse que o ideal é analisar a evolução das vendas num período maior e não comparando apenas um mês.

Com embargo russo, Santa Catarina está atrás do Rio Grande do Sul nas exportações de carne suína. Os números da Abipecs indicam que do primeiro Estado foram exportadas 12.364 toneladas; do Rio Grande do Sul, foram 17.835 toneladas.

À preocupação com o embargo russo, se juntam agora os temores em relação à persistência da atividade viral na região do Mato Grosso do Sul afetada pela aftosa em outubro de 2005 [que justamente levou ao embargo]. “Infelizmente é a realidade. Isso é a confirmação de os problemas continuam na região de fronteira do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina”, lamentou Camargo Neto. E admitiu que a descoberta “não ajuda” as negociações para levantar embargos impostos à carne brasileira por causa da aftosa.