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''A Menina e o Porquinho'' ganha boa adaptação com personagens de carne e osso

<p>Fiel ao original, filme deve chamar a atenção não só das crianças, mas também dos adultos saudosistas da versão em desenho animado.</p>

Redação (12/01/07) – É bastante improvável que exista alguém com idade próxima a 30 anos que não tenha assistido ao longa de animação “A Menina e o Porquinho” na Sessão da Tarde. Datado de 1973, o desenho marcou gerações por até duas décadas mais tarde, que se emocionaram com a história do leitão Wilbur.

A notícia de que seria realizado um remake com personagens em carne e osso (na mesma linha de “Baby, O Porquinho”, com animais falantes) deixou os velhos fãs apreensivos, mas estes podem ficar sossegados quanto a isso, pois o longa que estreou na última sexta-feira nos cinemas é fiel à primeira adaptação -sim, o filme foi adaptado do clássico livro infanto-juvenil “A Teia de Charlotte”, de E. B. White, publicado no Brasil pela Martins Fontes.

O protagonista Wilbur é um porquinho que nasce nanico e seria sacrificado por seu criador, mas a filha do fazendeiro (a requisitada Dakota Fanning) impede a crueldade e adota o suíno como seu bichinho de estimação. De ar ingênuo, ele desperta a atenção dos demais animais do celeiro, em especial a da aranha Charlotte, que vive nas vigas, e se torna sua melhor amiga.

Mas esta amizade acena ser curta quando os outros animais ouvem dos humanos a notícia de que ele terá o mesmo destino de qualquer porco de fazenda: virar alimento. Mas para Charlotte, Wilbur não é um porco qualquer, mas sim um “porquinho incrível”. E é justamente isto que ela escreve em sua teia. O caso desperta a atenção dos humanos, que se aglomeram na fazenda para ver de perto o “milagre na teia”. Charlotte repete o fenômeno, sempre com palavras positivas para convencer de que o porquinho deve ser poupado.

Programa indicado para as famílias. Provavelmente os pequenos vão compará-lo com o livro, e os pais, com a animação. Esta adaptação é fiel a ambos. Em relação ao desnho animado, só foram deixadas de fora as músicas cantadas pelos personagens e alguns detalhes que não funcionaria em um filme com atores e animais reais. A computação gráfica é largamente utilizada para fazer os movimentos labiais dos bichos e para gerar a personagem Charlotte e sua teia. A propósito, é bom informar aos pais que algumas crianças talvez se assustem com o aspecto da aranha.

As cópias em exibição no Paraná são todas dubladas, e com as mensagens nas teias escritas em português, o que facilita o maior comparecimento do público infantil, mas não torna possível conferir um cavalo com a voz de Robert Redford, a apresentadora Oprah Winfrey nas penas de uma mamãe ganso, Steve Buscemi como um rato, ou Julia Roberts dublando a aranha Charlotte. Mas o que deve ser mais engraçado de ouvir é a dupla de corvos trapalhões com as vozes do rapper Andre Benjamin (do Outkast) e do ator Thomar Haden Church (revelado em “Sideways – Entre Umas e Outras”).