Redação (18/12/06) – A varejista pretende que sejam abatidos aproximadamente 12 mil animais no primeiro ano da operação. Os animais estão sendo criados em uma das três fazendas da empresa na cidade de Tangará da Serra, localizada no estado do Mato Grosso.
“Estamos no início da operação, mas em três meses a carne já estará nas lojas”, informou Arnaldo Eij-Sink, diretor de agronegócios do Carrefour no Brasil. Com diferença de preço de 5% maior no preço final do que a carne tradicional, a carne suína orgânica permite margens maiores, em um cenário de extrema concorrência e onde as empresas buscam aumentar a margem de rentabilidade.
“A empresa resolveu entrar na operação por causa da dificuldade de encontrar fornecedores da carne suína orgânica, com os padrões de qualidade que o mercado consumidor necessita”, afirma Eij-Sink. O rebanho de suínos da fazenda está quase na capacidade total de 12 mil cabeças. A empresa terá todos os tipos de corte, que ficarão a cargo de um frigorífico terceirizado.
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Os porcos estão sendo criados com uma alimentação que contém mais folhas verdes e menos grãos. “Assim, a carne fica mais saborosa do que a tradicional, porque eles são criados de uma forma natural”, argumenta o diretor. A empresa que tem fazendas de carne bovina tradicional, com 25 mil cabeças, e orgânica, com 15 mil, não pretende produzir carne suína tradicional a médio prazo, pois conta com fornecedores com capacidade para abastecer os 135 hipermercados no Brasil.Eij-Sink comenta que a carne suína orgânica é uma ”arma” do Carrefour para ampliar o consumo do produto na versão tradicional no País, uma vez que os consumidores ainda têm resistência para adquirir a carne suína nos supermercados:
“O consumidor verá no Carrefour que é um produto de qualidade, com um selo que garante a origem e passará a consumir mais”, prevê. Em setembro , o Grupo Pão de Açúcar assinou protocolo de intenções para comercialização e incentivo ao consumo de carne suína, com o Ministério do Desenvolvimento, Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e de associações do setor industrial e supermercadista. Nas lojas CompreBem, Pão de Açúcar e Extra de São Paulo foram colocados cartazes e folhetos sobre o valor nutritivo do produto.
