Redação (17/11/06) Um evento previsto para a Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vai mostrar se as políticas públicas empregadas pelos governos federal e estadual mais beneficiam ou atrapalham a produção de carne de frango em Santa Catarina.
O workshop que debaterá o assunto está previsto para a próxima terça-feira, 21 de novembro, e contará com a presença das principais lideranças catarinenses ligadas ao setor avícola. Vamos apresentar dados coletados desde o ano passado e que são inéditos, antecipou o pesquisador Dirceu Talamini, da Embrapa Suínos e Aves.
Em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro (RJ), e a Universidade do Contestado (UnC), de Concórdia (SC), a Embrapa iniciou no ano passado o projeto Competitividade Regional e o Efeitos das Políticas Públicas sobre o Desempenho das Cadeias Produtivas de Suínos e Aves no Sul e Cetro-oeste. A intenção do projeto é descobrir até que ponto as ações do poder público interferem nos resultados da suinocultura e avicultura. É claro que sabemos que há uma intereferência. Mas, pela primeira vez, será apontado até que ponto vai essa interferência, tanto as positivas quanto as negativas, explicou Talamini.
Por enquanto, os pesquisadores que atuam no projeto conseguiram levantar dados somente sobre a produção de frango de corte. Os dados serão discutidos a partir das 14h, após a palestra Efeito das Políticas Públicas na Cadeira Produtiva do Frango no Oeste de Santa Catarina, que será apresentada pelos pesquisadores Mauro de Rezende Lopes, da FGV, Franco Martins e Dirceu Talamini. Após a palestra, Sadi Marcolin, da Aurora, Vili Segatto, da Diplomata e Gilberto Schmidt, da Embrapa Suínos e Aves, farão um debate sobre a competitividade da cadeia do frango de corte.
O evento da próxima terça-feira também servirá para refletir sobre o futuro da agricultura brasileira. Pela parte da manhã, Mauro Lopes apresentará a palestra Problemas Atuais e Tendências da Agricultura Brasileira. Para Mauro Rezende Lopes, a ciência e a tecnologia serão fundamentais para diminuir a vulnerabilidade da atividade agrícola e blindá-la contra barreiras internacionais. O pesquisador entende que o potencial brasileiro no setor agropecuário tem provocado receio entre as demais nações e que aprender a lidar com esse temor do mercado internacional está entre os desafios do país. O workshop do dia 21 é gratuito e aberto ao público em geral.
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