Redação (06/11/06) – Para isso alguns deles têm tratado de buscar ajuda de profissionais que prestam consultoria no ramo quando não pedem auxílio ao Sebrae.
Vários são os casos mostrados pelo Sebrae em Minas Gerais e até mesmo em outros estados que constatam a eficiência em tornar tudo o que está dentro da propriedade aproveitável. Um caso apontado pela assessoria do Sebrae foi de um produtor que cria porcos na divisa com o Sul de Minas, especificamente em Caconde. Lá os suínos são criados e abatidos; mas o mais interessante do caso é que os dejetos dos animais são utilizados para a feitura de biofertilizante para lavoura de café, além de biogás, que supre 50% da energia da fazenda.
A informação é que até mesmo a banha não é usada para fazer o famoso torresmo aproveitado em feijoadas e outros pratos tipicamente mineiros. Ela vira combustível para tratores e veículos, sendo que a glicerina, subproduto desse óleo animal pode ser usado na produção de biodiesel, além de ser aproveitado para fazer sabão, prática, bem utilizada pelas lavadeiras das cidades ribeirinhas do Norte de Minas.
Mas quanto a esse feito, o responsável é João Paulo Muniz, que largou o curso de Direito para se dedicar à vida no campo. O detalhe é que a propriedade é de agricultores familiares. Seu propósito é fazer com que a fazenda se torne sustentável do ponto de vista econômico e, quem sabe, ambiental.
João Paulo apresentou a experiência da Pork Terra durante o seminário – Agroenergia e Pequenos Negócios, promovido pela Unidade de Agronegócios e Territórios Específicos do Sebrae Nacional, nos últimos dias 16 e 17 de outubro, em Brasília. Com um investimento que girou em torno de R$ 100 mil, ele passou a aproveitar os dejetos dos suínos – antes descartados numa nascente dentro da fazenda – para fazer biofertilizante e biogás. “Não compro mais gás liquefeito de petróleo, o GLP”, diz o empresário.