Redação SI (09/10/06) – O volume de matrizes industriais alojadas no País deverá crescer 7,6% no ano, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
“Depois de problemas sérios no início do ano, chegamos à estabilidade nos números e agora a tendência é aquecer o consumo com a chegada do final do ano”, disse o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto. Segundo o presidente da consultoria AgraFNP, José Vicente Ferraz, o aumento no consumo terá um fator certeiro: o preço. “Os preços do boi e da ave estão reagindo, a carne suína deverá ficar mais barata ao consumidor e isso é fator decisivo”, disse Ferraz.
Segundo o consultor, o País apresenta grande possibilidade para o crescimento deste tipo de carne, já que há pouca cultura do suíno na alimentação dentro do País. O embargo da Rússia à carne brasileira, quebrado na última semana nos estados de São Paulo e Goiás, não contemplou Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína.
“Os russos precisavam da carne de boi de SP e GO porque não possuem alternativa ao volume e qualidade oferecidos pelo Brasil. Já a carne suína tem opções de abastecimento na própria União Européia”, disse o consultor.
Exportação menor
A Abipecs divulgou nesse domingo (08-10) os números de exportação de carne suína. Nos primeiros nove meses do ano a receita com exportações apresentou queda de 18,31% em comparação com o mesmo período do ano passado.
De janeiro a setembro, a receita acumulada foi de US$ 726 milhões. Sendo que até setembro de 2005 a cifra foi de US$ 888 milhões. Foram exportadas 271,2 mil toneladas nos primeiros nove meses do ano. No mesmo período de 2005 foram 473,5 mil toneladas.
“O volume acima de 50 mil toneladas em setembro é muito bom dentro do cenário deste ano”, disse Neto. O ano começou com embarque de 36 mil toneladas em janeiro, caiu para 25,4 mil em março e em setembro alcançou 52 mil toneladas.