Redação (29/09/06)- O vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, disse hoje que os produtores rurais poderão contar, a partir desta safra, com o seguro rural que protege as lavouras contra problemas climáticos. O banco e a Aliança do Brasil implantaram o “hedge” e vincularam a concessão de financiamentos à contratação do seguro rural, que será destinado na fase inicial aos produtores de soja do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Produtores de milho do Paraná e São Paulo também estão inclusos.
Na avaliação de Conceição, o desenho desse seguro agrícola permite a redução nas taxas a serem pagas pelos produtores rurais, em decorrência da utilização do subsídio governamental para o prêmio. O seguro, disse, garantirá renda suficiente ao produtor para pagar os empréstimos de custeio da produção. As taxas são estabelecidas por município e variam com o risco de perdas por intempérie climática. Quanto menor o risco histórico de perdas de uma região, menor é a taxa. No estado de Mato Grosso, dos 84 municípios inclusos neste programa de seguro agrícola, 80 possuem taxas iguais ou inferiores a 2,5%. O governo federal subsidiará 50% do valor do prêmio do seguro. O produtor pagará então apenas 1,25% de taxa do seguro.
BB vai liberar R$ 7 bilhões em outubro
O diretor de agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Conceição, disse que a instituição vai liberar R$ 7 bilhões para os agricultores durante o mês de outubro. Desde 1 de julho, quando começou a safra 2006/07, o governo já aplicou R$ 5 bilhões para operações de custeio, investimento e comercialização. O valor liberado até agora, considera o período acumulado até 28 de setembro. Com a liberação programada para outubro, o montante na safra será de R$ 12 bilhões, que superam em 37% as liberações feitas em igual período da safra passada.
Ricardo Conceição afirmou que o banco deve disponibilizar R$ 33 bilhões para os agricultores na safra atual, de um total de R$ 60 bilhões previstos pelo governo no Plano de Safra 2006/07. “Muitas propostas podem estar sendo analisadas pelos bancos, mas não há perigo de atraso no plantio”, disse Conceição.
Ele lembrou que os recursos estão sendo disponibilizados a juros de 8,75% ao ano. “Não há mix de juros, pois esta prática foi muito criticada no passado”, afirmou. Ele disse ainda que estudos do Banco do Brasil indicam recuo de 20% nos custos de produção na safra 2006/07 e que os indicadores são de preços melhores no próximo ano. “O setor vai iniciar a retomada do crescimento a partir do ano que vem. Não acredito em queda na área plantada.”