Redação (21/07/06) – Ontem, o avicultor paulista vendeu o frango por R$ 0,85 o quilo, de acordo com a Jox Assessoria Agropecuária. A variação é de 43,3% em relação ao ano passado e de 46,9% ante 2004.
Além da oferta ainda elevada de frango, o ritmo abaixo do esperado das exportações eleva a disponibilidade interna, pressionando as cotações. “É preciso reduzir a produção [de aves] porque a exportação ainda não retomou o ritmo. Não se sabe quando elas vão voltar aos níveis de 2005”, disse o consultor José Carlos Teixeira da Silva. Segundo ele, atualmente, o custo de produção de frango é de no mínimo R$ 1,25 o quilo.
Lideranças do setor defendem redução no alojamento de pintos de corte para enfrentar a queda das vendas externas devido à gripe aviária na Europa e África. Mas, efetivamente, só houve recuo na produção em março e abril, para 340 milhões de cabeças e 333 milhões, respectivamente. Em maio, o alojamento foi de 376,4 milhões e em junho, a estimativa é de 380 milhões de pintos, segundo a Apinco – Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco).
Segundo Oto Xavier, da Jox, em São Paulo, o alojamento começou a cair de novo há 15 dias, mas os efeitos só devem aparecer em outubro.
No médio atacado paulista, o frango resfriado foi cotado a R$ 1,35 o quilo ontem ante R$ 1,50 na mesma data em 2005 e R$ 1,90 há dois anos, apurou a Jox.
Para Xavier, a demanda interna fraca também pressiona o frango, assim como as demais carnes.