Redação SI (08/05/06)- Mais de 100 mil animais de todo país foram avaliados pelo programa PEC Respiratório, da Schering-Plough Saúde Animal. O resultado mostrou que por volta de 60 mil deles estavam com os pulmões lesionados.
É um número histórico, com esses dados nossos técnicos podem entender melhor como, quando e de que forma as doenças ocorrem. Entendendo tudo isso é possível otimizar os tratamentos e assim realizar um gerenciamento da saúde respiratória dos suínos anima-se Amilton Silva, gerente de mercado Suinocultura e Team Leader da Schering-Plough.
Dentre os dados pesquisados, o mais preocupante foi o IPP (índice para Pneumonia), que em geral ficou entre moderado e grave o que demonstra a necessidade de uma adequação no controle de doenças pulmonares.
A Schering-Pough realiza uma detalhada pesquisa na granja e após detectar as oportunidades e vulnerabilidades, apresenta um cenário com o qual presta uma consultoria aos suinocultores orientando-os de modo a maximizar a cadeia produtiva. Dentre os serviços oferecidos estão as monitorias de abate e as análises de perda calculadas pelo ProAPA-Suínos (Programa de Avaliação Patológica no Abate de Suínos desenvolvido em parceria com a Embrapa), que tem como objetivo identificar e quantificar a prevalência da pneumonia enzoótica e da rinite artrófica. Além disso, o PEC produz relatórios com os resultados das monitorias, orientação dos técnicos da empresa e de pesquisadores de renome internacional.
As doenças respiratórias, além de provocar o aumento da mortalidade, custos com tratamentos, vacinações e condenações de carcaças em abatedouros, reduzem o desempenho dos animais. Nos Estados Unidos, as perdas na produção de suínos devido às doenças respiratórias são estimadas em U$ 210 milhões anualmente. No Brasil, em linhas gerais, pode-se considerar que para cada 100 animais abatidos, 3,7 são perdidos decorrentes da rinite atrófica e 2,4 para pneumonias.
Alguns trabalhos demonstram que a Pleuropneumonia causada pelo Actinobacillus pluropneumoniae pode aumentar de 3 a 10% a conversão alimentar e atrasar a idade de abate em até 25 dias. Estudos têm demonstrado que animais que sobrevivem à infecção, levam 1 ou 2 dias a mais para atingir o peso ideal de abate para cada 1% de lesão pulmonar.
Com relação à Pneumonia Enzoótica causada pelo Mycoplasma hyopneumoniae, uma hepatização pulmonar de 10 a 20% significa uma perda de 9,3% no desenvolvimento do animal. Estima-se uma perda de 37,4 gramas por dia de ganho de peso para uma hepatização pulmonar de 10%. Já a hepatização mais a aderência de pleura (pleurisia), significa uma perda de 17% no desenvolvimento do animal acometido.