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Estrutura de Defesa

<p>Setor aguarda implementação completa do Plano de Prevenção à Influenza Aviária até o fim do ano e cobra mais recursos do governo para defesa sanitária. Secretarias apresentaram infra-estruturas presentes nos Estados.</p>

Redação AI (25/04/2006) Na tarde de ontem (25/04) os presidentes das entidades nacionais representativas do setor avícola e suinícola estiveram reunidos com representantes das secretarias estaduais de agricultura e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para debater a estrutura de Defesa Sanitária para os segmentos de aves e suínos. O evento ocorreu dentro da sessão conjuntural do V Seminário Internacional de Aves e Suínos, na AveSui. Cada representante pôde apresentar a infra-estrutura em seu Estado e também o trabalho desenvolvido.

Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Goiás estavam representados. Todos já estão com os georreferenciamentos das granjas avícolas e suinícolas concluídas ou em etapa de finalização. A boa notícia é que devem ser abertos concursos para contratações de mais médicos veterinários e técnicos agropecuários em vários Estados. No entanto, os recursos do Mapa neste ano destinado à Defesa Sanitário serão de R$ 142,8 milhões, ou seja, 40% a mesmo do que em 2005. “Verbas menores para algo tão crucial não condiz com a importância do agronegócio para a economia e exportações do Brasil”, afirmou o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Zoé Silveira DÁvila.

O presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, citou que o Brasil vem perdendo a credibilidade internacional devido aos últimos incidentes sanitários, como o foco de Febre Aftosa descoberto semana passada no Mato Grosso do Sul. “Todo o setor produtivo está pagando caro por isto.”

“De fato sentimos que há uma crise de credibilidade, mas ela não é exclusividade do Brasil. Esta é uma visão internacional que engloba toda a América do Sul”, defendeu o representante do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques. “Eu sempre digo que o trabalho de prevenção e erradicação, no caso da Aftosa, tem que ser feito em conjunto com todos os países sul-americanos”, retoma Zoé.

Influenza – Para a avicultura, depois de muita luta, no dia 7 de abril o governo federal finalmente instituiu o Plano de Prevenção à Influenza Aviária e Prevenção e Controle à Doença de Newcastle. O setor espera agora ansioso a implementação completa nos Estados listados na primeira fase. Para Ricardo Gonçalves, presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), seria extremamente importante chegar ao final deste ano com o Plano 100% implementado. “Para isto é necessário o aumento no número de técnicos habilitados para este trabalho. O risco da entrada do vírus no País é incerto, já que isto pode vir a acontecer a qualquer momento e de várias maneiras. E não são apenas as barreiras para se evitar a entrada do vírus, mas também, diante de um possível surto, estar preparado para a sua contenção.”