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Brasília: governo tenta nova investida na Rússia para liberar carne

<p>Roberto Rodrigues deverá ter um encontro com o primeiro-ministro russo no início de Abril.</p>

Redação SI (27/03/06)- Sem ter conseguido até agora reverter, de forma técnica, o embargo imposto pela Rússia à carne produzida em oito Estados brasileiros, o Ministério da Agricultura vai tentar uma nova investida política para retomar os embarques para aquele país. Representantes das secretarias de Relações Internacionais e de Defesa Agropecuária da pasta devem se reunir no começo de abril, em Brasília, com o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Fradkov.

É possível que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, tenha um encontro com o primeiro-ministro russo. Fradkov estará em Brasília entre os dias 4 e 6 de abril para discutir o comércio, em geral, entre os dois países. O assunto carne estará na agenda dos encontros, informou fonte da Secretaria de Relações Internacionais do ministério. O Itamaraty está organizando o encontro.

Na última quarta-feira, Rodrigues disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviará uma carta ao presidente russo Vladmir Putin pedindo a reabertura do mercado da Rússia. Esse país é o segundo maior importador de carnes do Brasil, perdendo apenas para a União Européia.

Os embarques de carnes bovina, suína e de frango para a Rússia estão suspensos desde o ano passado, quando foram confirmados 40 casos de febre aftosa no rebanho nacional. Os casos foram diagnosticados no Mato Grosso do Sul (33 focos) e no Paraná (7). A restrição não vale para todo o País, mas foi imposta para os principais estados produtores, o que paralisou o comércio. No total, 56 países suspenderam de forma parcial ou integral as compras do Brasil.

No caso da Rússia, conforme informou o Estado em fevereiro, surgiram denúncias de que parte dos embarques puderam ser feitos mediante pagamento de propinas a fiscais sanitários russos. Isso explicaria a continuidade das exportações, apesar da proibição. O Ministério da Agricultura disse desconhecer os fatos e observou que os contratos fechados até 13 de dezembro, data da suspensão, puderam ser cumpridos. (AE)