Redação AI (24/03/06)- As empresas brasileiras da cadeia do frango, segundo setor do agronegócio e líder mundial na comercialização do produto, devem reduzir as atividades por causa do avanço da gripe aviária, que provocou queda no consumo, principalmente no continente europeu. Segundo o diretor executivo da União Brasileira da Avicultura (UBA), Clóvis Puperi, a situação deve ser emergencial e durar pouco tempo. Ele acredita que o problema esteja contornado no segundo semestre deste ano.
Puperi informou que o agravamento da situação de mercado levou a entidade a ampliar uma recomendação feita em fevereiro a seus 400 associados, de que diminuíssem de 5% a 10% para 15% a 20% o número de aves nos alojamentos (onde são criadas). Isto equivale à média de 300 milhões de aves ao mês contra 365 milhões (número anterior à medida).
Sobre o impacto da medida nos empregos no setor, Puperi afirmou que cada empresa é que terá de avaliar sua real capacidade de não cortar vagas. Em fevereiro, as exportações caíram 7,8% em comparação com as de fevereiro de 2005. Em MS, a queda nas vendas externas em fevereiro no setor de aves foi de 37%.