Redação SI 23/03/2006 O Brasil acumulou uma receita de US$ 68,4 milhões com exportação de carne suína no mês de fevereiro, referente a um total de 37.591 toneladas embarcadas.
Balanço divulgado pela Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) indica que o embargo às carnes brasileiras, resultado da descoberta de um foco de febre aftosa no Paraná em dezembro do ano passado, já provocou reflexos negativos no desempenho comercial do setor em 2006.
Na comparação com fevereiro de 2005, a retração foi de 12,68% no volume de toneladas enviadas ao exterior (de 43.052 ton para 37.591 ton), acompanhada também de uma queda de 14,62% na receita (de US$ 80,1 milhões para US$ 68,4 milhões). Atualmente, o Brasil é o quarto no ranking mundial de produtores e exportadores de carne suína.
Segundo o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, o balanço de fevereiro ainda contabilizou estoques remanescentes do período anterior ao embargo (12 de dezembro). Mas as exportações para a Rússia, principal mercado comprador da carne suína brasileira, estão paralisadas no mês de março.
Perspectivas – Para março, a perspectiva é de que a queda das exportações chegue a 40%, colocando o setor da carne suína em risco. Esperamos que o governo brasileiro cobre da Rússia o respeito às regras internacionais de saúde animal, compromisso que aquele país assumiu em troca do apoio dado para sua entrada na OMC (Organização Mundial do Comércio), afirmou o presidente da Abipecs.
O setor de suínos deveria viver um bom momento, resultado da forte demanda internacional por carne suína em substituição às aves. Mas sofre uma crise pela não observância pela Rússia das regras internacionais da OIE (Organização Internacional de Epizootias) e do acordo sanitário da OMC (Organização Mundial de Comércio), acrescentou.